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Astrônomos querem saber por que este buraco negro supermassivo gira tão devagar

Por| Editado por Rafael Rigues | 14 de Julho de 2022 às 10h45

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ESO/M. Kornmesser
ESO/M. Kornmesser

Um buraco negro supermassivo localizado a 3,4 bilhões de anos-luz da Terra gira mais lentamente que outros buracos negros massivos menores. Isso é estranho, pois normalmente esses objetos giram muito rápido, alguns até próximos à velocidade da luz. Agora, os astrônomos querem saber o que está acontecendo com o H1821+643.

No coração de uma galaxia de núcleo ativo está o quasar H1821+643, potencialmente um dos mais massivos do universo com algo entre 3 bilhões e 30 bilhões de massas solares. Este quasar é incrivelmente luminoso — a radiação dos quasares vem justamente do processo de “alimentação” dos buracos negros supermassivos.

Entretanto, ele também é lento, com cerca de metade da velocidade de rotação da maioria dos buracos negros que possuem entre um milhão e 10 milhões de sóis. Mas por quê? Ninguém sabe, mas há algumas suspeitas.

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Uma das ideias está relacionada à hipótese de que buracos negros supermassivos se formam a partir de colisões entre dois buracos negros menores (isso ainda não está nem perto de ser comprovado, por isso a origem desses objetos ainda é um grande mistério). Durante essa fusão, os buracos negros podem sofrer mudanças na rotação.

Essas alterações ocorrem, segundo essa proposta, porque as forças gravitacionais puxam os buracos negros em direções diferentes. O resultado é que o buraco negro supermassivo resultante da fusão gira mais lentamente que os dois antecessores. Buracos negros de massa estelar (menores, que se formaram da morte de uma estrela) por outro lado podem acelerar devido à energia cinética da matéria que “engolem”.

Se essa ideia estiver correta, é provável que os buracos negros supermassivos apresentem uma faixa mais ampla com diferentes velocidades de rotação, em comparação aos menos massivos que têm velocidades mais parecidas entre si.

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Por fim, o coautor do estudo sobre o quasar H1821+643 James Matthews disse que este buraco negro "pode fornecer informações sobre o que acontecerá com o buraco negro supermassivo da nossa galáxia bilhões de anos no futuro, quando a Via Láctea colidir com Andrômeda e outras galáxias".

O artigo da pesquisa foi publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fonte: Chandra