Publicidade

Astronautas que visitarão Marte poderão fazer a viagem em estado de hibernação

Por| 12 de Novembro de 2019 às 14h40

Link copiado!

SpaceWorks Enterprises
SpaceWorks Enterprises

A realidade vai se aproximando cada vez mais da ficção científica. A Agência Espacial Europeia (ESA) pediu alguns estudos sobre a possibilidade de viagens espaciais em que a tripulação humana hiberna. São várias preocupações que precisam ser levadas em consideração, como o projeto na nave e os efeitos desse período de sono prolongado nos seres humanos. Além do principal: há alguma vantagem?

O foco do estudo foi em uma viagem até Marte. A Instalação de Design Simultâneo (CDF, na sigla em inglês) analisou e concluiu que há vantagens, sim. Com a ajuda de especialistas em hibernação, a equipe responsável entendeu que já temos bastante conhecimento sobre o assunto. Isso inclui a indução e manutenção do estado de hibernação em grandes mamíferos, e há expectativa de grandes avanços na questão para os próximos 10 anos.

Com essa etapa concluída, chegou a hora de analisar a viabilidade de uma missão desse tipo. O cenário exige questões como arquitetura da nave preparada para receber uma tripulação em sono profundo, com logística, proteção contra radiação e consumo de energia.

Continua após a publicidade

Um rascunho de missão a Marte, pensado para os próximos 20 anos, concluiu que tal viagem não apenas seria viável, como pode ser financeiramente vantajosa. A equipe da CDF concluiu que a hibernação pode ter efeitos psicológicos positivos na tripulação e ainda permite um redesenho de todo o projeto da nave, o que reduziria os custos e o peso.

Os próximos passos agora incluem estudos mais aprofundados, como a arquitetura detalhada da nave, considerando o equipamento — inclusive o hibernáculo da tripulação —, além da viabilidade de utilizar inteligência artificial na missão para controlar a nave e manter os astronautas vivos.

É possível que, em breve, a gente veja histórias de filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Alien e até séries como Jornada nas Estrelas se tornarem parte do nosso cotidiano.

Fonte: ESA