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35 anos não é pouca coisa | 5 vezes em que o Hubble precisou fazer manutenção

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Divulgação/NASA
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O Telescópio Espacial Hubble completou 35 anos de lançamento nesta quinta-feira (24), tempo suficiente para contribuir significativamente para os avanços da ciência rumo a um maior entendimento do que acontece no universo

Detecção da atmosfera de exoplanetas (aqueles localizados fora da nossa galáxia) e primeiras observações de estrelas supernovas distantes estão entre os grandes feitos do instrumento espacial da NASA, que decolou no dia 24 de abril de 1990.

Contudo, as mais de três décadas de serviços espaciais fizeram com que o Hubble tivesse que passar por algumas manutenções para seguir registrando eventos que foram cruciais para os avanços da astronomia. Confira, a seguir, detalhes das 5 missões realizadas para fazer manutenções no telescópio.

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Missão 1: STS-61

O telescópio de US$ 1,5 bilhão não teve o início como o planejado. Dois meses após seu lançamento, a NASA anunciou que descobriu um erro de curvatura no espelho primário do Hubble, o que comprometeu as imagens geradas pelo instrumento, deixando-as borradas.

Mas, entre os dias 2 e 13 de dezembro de 1993, os astronautas Richard Covey, Kenneth Bowersox, Kathrtn, F. Story Musgrave e Claude Nicollier fizeram as correções necessárias para o telescópio voltar a funcionar plenamente. Foram mais de 35 horas de serviços e um total de cinco caminhadas espaciais realizadas.

Foi instalada no Hubble uma unidade de Substituição Axial do Telescópio Espacial de Óptica Corretiva, e os cientistas também fizeram reparações nos painéis solares e giroscópios, melhorando a capacidade de rastreamento do Hubble.

Missão 2: STS-82

Entre 11 e 21 de fevereiro de 1997, uma tripulação composta por sete astronautas decolou rumo ao espaço para fazer atualizações que possibilitaram o aumento do desempenho do telescópio. Kenneth Bowersox, Scott Horowitz, Joseph Tanner, Steven Hawley, Gregory Harbaugh, Mark Lee e Steven Smith foram os cientistas responsáveis pelas reparações. 

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A nave Discovery levou à órbita da Terra um Espectrógrafo de Imagem do Telescópio Espacial (STIS) e a Câmera de Infravermelho Próximo e Espectrômetro Multiobjeto (NICMOS). também foram trocados gravadores de dados do Hubble que estavam degradados.

Missão 3A: STS-103

Uma falha nos giroscópios do Hubble em novembro de 1999 colocou o telescópio em modo de segurança, fato esse que levou a NASA a providenciar uma nova missão de manutenção, que aconteceu entre os dias 19 e 27 de dezembro do mesmo ano. A tripulação foi composta por Curtis Brown, Scott Kelly, Jean-François Clervoy, Michael Foale, John Grunsfeld, Steven Smith e Claude Nicollier. 

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Durante longas caminhadas espaciais, que chegaram a ultrapassar 8 horas de duração, os astronautas substituíram todos os seis giroscópios do instrumento e instalaram novos gravadores e transmissores de dados. O computador principal do Hubble também foi substituído, aumentando sua velocidade de processamento. 

Missão 3B: STS-109

De 1 a 12 de março de 2002, astronautas levados ao espaço pelo ônibus espacial Columbia instalaram a Câmera Avançada para Pesquisas no Hubble, aumentando em 10 vezes a capacidade de produzir imagens de alta qualidade do universo. 

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Novos painéis solares também foram instalados, passando a fornecer até 30% a mais de energia para o telescópio. O Hubble recebeu ainda uma nova Unidade de Controle de Energia e um novo sistema de resfriamento. Os cientistas Scott Altman, Duane Carey, John Grunsfeld, Nancy Currie, Richard Linnehan, James Newman e Michael Massimino participaram da missão. 

Missão 4: STS-125

O ano era 2009, e a nave espacial Atlantis foi lançada levando dois objetos ao telescópio: o Espectrógrafo de Origens Cósmicas e a Câmera de Campo Amplo 3. Entre os dias 11 e 24 de maio, a detecção de espectro ultravioleta do Hubble foi consertada. 

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Scott Altman, Gregory Johnson, Michael Good, Megan McArthur, Andrew Feustel, Michael Massimino, John Grunsfeld formaram a tripulação que realizou a última missão de manutenção do telescópio que fez registros incríveis do universo nas últimas três décadas.

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Fonte: Space