Você sabia que o "tudum" da Netflix é diferente para o cinema?
Por Beatriz Vaccari | 14 de Agosto de 2020 às 23h30
Se você é um heavy user da Netflix, o barulho "tudum!" já é familiar. A característica chamada que antecipa um episódio de alguma série original da plataforma fez tanto sucesso que, antes do mundo entrar em estado de isolamento social, a empresa realizou um evento gratuito em São Paulo que levava o nome do som.
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Na semana passada, o vice-presidente de produtos da Netflix, Todd Yellin, fez uma participação especial no podcast Twenty Thousand Hertz e revelou algumas curiosidades sobre a plataforma que abriga tantos conteúdos adorados pelos fãs, como Stranger Things, You, Dark, Sex Education e muitos outros.
De acordo com ele, a Netflix possui uma versão do "tudum!" diferente para filmes que são exibidos em festivais e cinemas. Yellin explica que a empresa sentiu que a introdução normal era um pouco curta para locais maiores. Por isso, encomendou uma faixa estendida ao oscarizado Hans Zimmer, compositor por trás de obras como Gladiador, A Origem, Homem de Aço entre outros filmes. O objetivo é tornar a experiência do espectador mais dramática e emocionante, e alguns acreditam que isso dá mais força à produção no resultado final. Confira como ficou:
No mesmo episódio, foi revelado também que antes da Netflix bater o martelo no "tudum!" como a trilha de abertura oficial de seus títulos originais, outros tipos de som foram avaliados, incluindo bolhas subaquáticas e até o balido de uma cabra! Todas as opções foram compostas pelo editor de som Lon Bender, vencedor do Oscar de Melhor Edição de Som pelo filme Coração Valente (1995).
Netflix e o reconhecimento da crítica especializada
Após atingir a marca de 160 indicações ao Emmy 2020, vale arriscar que essa introdução de 16 segundos pode ajudar a Netflix a aumentar seu reconhecimento junto à crítica especializada e a colecionar algumas estatuetas importantes nas prateleiras. Devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o Oscar flexibilizou as regras para a premiação do ano que vem, permitindo que filmes que antes iriam para o cinema e acabaram sendo lançados direto no streaming (confira a lista completa aqui), sejam elegíveis para a cerimônia de 2021.
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Esse movimento pode inserir a plataforma de uma vez por todas na temporada de premiações, uma vez que a Netflix já estava seguindo uma estratégia lenta, mas que já colhia resultados: periodicamente, lançava seus filmes nos cinemas e festivais para garantir que seriam elegíveis ao Oscar. Depois de duas estatuetas na cerimônia deste ano, tanto para American Factory como Melhor Documentário quanto para Laura Dern como Melhor Atriz Coadjuvante em História de um Casamento, a empresa tem grandes esperanças para o ano que vem.
Fonte: Engadget