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Por que Barbie não tem classificação livre?

Por| Editado por Jones Oliveira | 17 de Julho de 2023 às 15h24

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Warner Bros.
Warner Bros.

Estrelado por Margot Robbie e dirigido por Greta Gerwig, o live-action da Barbiechega aos cinemas brasileiros no dia 20 de julho prometendo ser um dos maiores sucessos de 2023 e possível candidato ao Oscar. O filme mostrará a boneca de plástico deixando a Barbielândia para trás para se aventurar com Ken no mundo real. Mas, apesar da premissa divertida protagonizada por um brinquedo infantil, o longa não será indicado para crianças, mas para uma faixa etária um pouco maior. Nos Estados Unidos, ele recebeu classificação etária PG-13, fazendo com que ele seja recomendado para adolescentes acima dos 13 anos.

De acordo com os órgãos de classificação americanos, isso se deu pelo fato do longa apresentar linguagem sugestivas e cenas de violência. Um dos trailers divulgados mostra um exemplo dessa linguagem com piadas sobre a falta de genitália de Ken (Ryan Gosling) e Barbie (Margot Robbie) ou quando eles repetem várias vezes a palavra beach (praia, em inglês) em um trocadilho com um xingamento.

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Além disso, o filme também abordará temas mais profundos como assédio — há uma cena em que Barbie recebe um tapa nas nádegas — pressão estética, feminismo, entre outros.

Qual a classificação etária do filme da Barbie no Brasil?

Quem define a censura de filmes, produções audiovisuais e jogos eletrônicos no Brasil é o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Até o momento dessa reportagem, o órgão ainda não tinha estabelecido a classificação etária do longa de Greta Gerwig. No entanto, ao que tudo indica, ele também receberá a classificação de recomendado para maiores de 12 anos por aqui.

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Nessa classificação, os filmes podem conter agressão verbal, assédio sexual, ato violento bullying, descrição de violência, exposição ao perigo, exposição a cadáver, exposição de pessoa em situação constrangedora ou degradante, lesão corporal, morte derivada de ato heróico. Tudo isso de maneira moderada, é claro, mas o suficiente para que a produção não seja voltada para crianças. Para conseguir a classificação Livre, é preciso um tom bem mais leve — algo que não é a proposta de Barbie.

Vale lembrar que a maioria dos cinemas brasileiros já colocaram a classificação indicativa “12 anos” na venda dos ingressos. Essa classificação etária parece ideal para o filme da boneca de plástico, uma vez que a trama terá temas mais maduros que atrairão o público adulto, e ainda assim conseguirá ser assistida por pessoas mais jovens.

O trailer da Barbie e o CONAR

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A clássificação etária de Barbie se viu envolto em uma polêmica no Brasil antes mesmo de estrear. No início de julho, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitário (Conar) concedeu uma liminar parcial que suspendia a exibição de um dos trailers do longa em sessões de cinema que eram abertas para menores de 12 anos.

O vídeo em questão é o primeiro teaser do filme, aquele que faz a brincadeira com 2001: Uma Odisseia no Espaço e traz crianças destruindo suas bonecas ao terem seu primeiro contato com a Barbie. De acordo com o CONAR, as imagens trazem cenas de não-urbanidade, ausência de boas maneiras ou ato violento/inseguro, o que viola as recomendações do artigo 37 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

Dias depois, o órgão voltou atrás na decisão após a Warner Bros. esclarecer que o Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda não tinha definido a classificação etária de 12 anos para o filme e seus respectivos trailers.