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Os 10 melhores vilões da história do cinema

Por| Editado por Jones Oliveira | 21 de Março de 2022 às 20h00

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Lucasfilm, Warner Bros, Orion Films
Lucasfilm, Warner Bros, Orion Films

Um bom herói só existe quando há um grande vilão à altura para desafiá-lo. Por isso mesmo, é por essa figura dúbia e, às vezes, completamente detestável que somos verdadeiramente apaixonados. São os criminosos, os bandidos, os loucos e os tiranos que nos atraem e chamam a nossa atenção.

E o cinema tem uma lista bastante vasta de vilões icônicos que conseguem ser tão (ou, às vezes, ainda mais) importantes que os seus protagonistas. Alguns são tão emblemáticos que não são raros os casos de personagens que conseguem transcender as próprias franquias a que pertencem.

Assim, para homenagear esses canalhas que tanto amamos, o Canaltech listou os melhores vilões da história do cinema.

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10. Voldemort

Alguém tem que ser realmente muito mau para que a simples menção ao seu nome ser considerado um tabu por toda uma comunidade. Pois Voldemort é um dos poucos vilões da história do cinema a carregar esse feito, sendo muito mais chamado de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado do que realmente pelo seu nome.

Isso já dá uma boa dimensão de quem é o Lorde das Trevas do universo de Harry Potter. Claramente inspirado em Adolf Hitler e sua política eugenista, o vilão foi tão bem construído ao longo de toda a saga como essa ameaça constante e invisível que, quando ele finalmente dá as caras e fica frente a frente com o herói, é impossível não temer pela vida do jovem Harry Potter.

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Além disso, existe algo entre Harry e Voldemort que também funciona muito bem e que torna o vilão ainda mais icônico: a relação entre os dois. Existe toda uma profecia que faz com que a existência dos dois personagens esteja interligada e que torna Você-Sabe-Quem tão interessante e, ao mesmo tempo, ameaçador.

9. Pennywise

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O grande responsável por uma geração de traumas em crianças, Pennywise é a personificação da coulrofobia, o medo de palhaços. Afinal, somente a mente doentia de Stephen King seria capaz de transformar a simpática figura do palhaço em uma criatura tão medonha como a da criatura de It: A Coisa.

Tanto na versão de 1990 quanto no remake de 2017, Pennywise é um ser tão impactante e assustador que faz todo o sentido colocá-lo em meio aos maiores vilões do cinema. Falou em palhaço, ele imediatamente vem à sua cabeça — e o seu psicólogo que lute para resolver isso.

E ele é tão marcante que chegou a transcender a própria franquia. Muita gente conhece o personagem, mas não sabe de que filme ele é exatamente. Se bem que chamar o longa de “Filme do palhaço assassino” já mostra como Pennywise se tornou maior do que a própria obra.

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8. Tubarão

Se temos hoje a Semana do Tubarão na TV a cabo e todo um imaginário de que há uma máquina de matar escondido embaixo da água quando você vai à praia é porque Tubarão é um dos maiores filmes de todos os tempos e com um vilão um tanto quanto improvável. Afinal, a gente pode considerar um animal assim?

Como estamos falando de um tubarão cujo prazer é realmente matar, sim. Não estamos falando de um animal que estava ali nadando e que foi provocado, mas de uma fera marinha que persegue suas presas e faz de tudo para poder devorá-las, representando muito bem essa imagem da força da natureza cruel e implacável contra a humanidade.

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Além de Tubarão ser um dos primeiros grandes blockbuster do cinema, o animal se tornou um vilão icônico graças à excelente direção de Steven Spielberg, que soube explorar muito bem a imaginação do público. Ao invés de mostrar o peixe a todo instante na tela, víamos apenas partes da criatura, tornando-a essa ameaça que sempre ronda, mas nunca é completamente vista — e nada é mais assustador do que a nossa imaginação.

Assim, o simples fato de nunca vermos o tubarão em sua totalidade é o suficiente para nos deixar tensos o tempo todo.

7. Thanos

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O grande vilão da primeira década de Marvel é ameaçador não apenas porque conseguiu derrotar os Vingadores, mas porque ele é um dos poucos exemplos de ameaças do cinema que realmente consegue alcançar seus objetivos. Depois de surrar os Heróis mais Poderosos da Terra, o Titã Louco — que, por si só, já é um título incrível — reúne todas as Joias do Infinito e apaga metade da existência com um estalar de dedos.

Além da magnitude do ato, há o fato de que o sucesso de seu plano é algo que ainda deixa marcas no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês). Embora a viagem no tempo tenha resolvido o problema e feito o Homem de Ferro e demais heróis fazerem tudo voltar como era antes, ainda vemos os impactos do blip sendo explorados nas histórias recentes do estúdio, o que só mostra como ainda vamos demorar muito para esquecer de Thanos.

E há, é claro, todo o contexto que vai para além dos filmes. Afinal, só existe um MCU coeso porque foi apresentado um grande vilão que costurava e unia todas as histórias da Marvel, e foi o vilão roxo o grande responsável por essa unificação da narrativa ao longo de mais de uma década — um feito que nenhum outro estúdio conseguiu replicar.

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6. Exterminador

E já que o assunto é viagem no tempo, não podemos esquecer de O Exterminador do Futuro, um dos grandes responsáveis por colocar Arnold Schwarzenegger no panteão dos grandes atores de ação das últimas décadas.

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O curioso é que nem todo mundo lembra que o ator apareceu primeiramente como um vilão dentro da franquia. No primeiro longa, é justamente o T-800 que volta para o passado para tentar matar Sarah Connor e vemos esse androide imparável destruindo a tudo e a todos em seu caminho.

Essa ideia da máquina de matar que não pode ser contida é algo que faz parte do imaginário dos anos 1980, mas o que difere o Exterminador de outros vilões que seguem a mesma fórmula é a mitologia à sua volta. Além do visual icônico, das frases de efeito e do carisma de Schwarzenegger, há todo o medo relacionado à rebelião das máquinas e desse futuro hostil à humanidade — algo que a gente ainda carrega até hoje.

5. Alien

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É fácil ser um vilão icônico quando você é um alienígena gosmento, mas há alguns fatores que tornam o Xenomorfo da série Alien tão único a ponto de obra e criatura se confundirem em uma coisa só.

Assim como no caso de Tubarão, temos essa ameaça constante do invisível. O monstro caminha pelos cantos escuros da nave Nostromo e quase nunca é vista, aparecendo apenas quando é tarde demais para as suas vítimas. E é esse medo constante de que ele pode surgir de qualquer lugar e a qualquer momento que nos faz temer tanto esse ser de outro mundo. Além disso, há toda a composição visual e demais efeitos relacionados à fisiologia do Alien.

Criado pelo lendário H.R. Giger, a criatura é uma mistura de traços humanos com deformações que lembram também alguns animais em uma mistura grotesca em que o simples olhar já causa desconforto. Isso sem falar que as referências fálicas e o fato de o monstro estar sempre babando e envolto em gosma traz um simbolismo ainda maior para esse vilão que, mesmo sem falar nada, é um ícone do cinema.

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4. Norman Bates

As gerações mais recentes podem até não saber quem é Norman Bates, mas certamente já viram referências a ele em uma infinidade de filmes, desenhos e outras produções ao longo dos anos. A imagem do assassino por trás da cortina do banho, o sangue em meio ao chuveiro e o grito junto com a trilha sonora aguda e crescente já fazem parte da história do cinema a ponto de transcender o próprio filme a que pertencem. E olha que tanto Psicose quanto seu diretor, Alfred Hitchcock, são nomes gigantes.

Ainda assim, Norman Bates é um vilão que merece todo esse peso. Ele representa um terror assustadoramente crível, que é aquele que nasce do trauma e de marcas no nosso psicológico. É o jovem transtornado pela figura da própria mãe que passa a cometer atrocidades que o fazem ser lembrado por décadas e décadas — um fascínio que foi para além do cinema e deu vida, inclusive, a uma série de TV.

3. Hannibal Lecter

Uma das principais características de um bom vilão é o seu charme. E Hannibal Lecter é sedutor ao extremo, embora seja tão louco quanto. Isso é algo que fica claro já em sua primeira encarnação nos cinemas, quando é vivido pelo sempre genial Anthony Hopkins em O Silêncio dos Inocentes.

No longa, Hannibal não é nem mesmo aquela ameaça que está à espreita para matar e torturar suas vítimas, mas a figura desse mal sedutor que consegue fazer o herói duvidar de suas intenções apenas com palavras. Totalmente preso e amordaçado, ele consegue armar suas armadilhas e plantar seus joguinhos de modo que é praticamente impossível escapar.

Essa abordagem ficou tão marcante que não demorou para que Hollywood explorasse ao máximo o personagem e logo vimos a origem de Hannibal e outros crimes relacionados ao serial killer canibal — e sempre tão encantador e charmoso como sempre.

2. Coringa

Tecnicamente, o Coringa é mais um vilão dos quadrinhos do que dos cinemas. Contudo, o personagem já ganhou tantas versões nas telonas que agora tem o direito de entrar no clube dos caras maus da Sétima Arte e em posição de destaque.

Isso porque ele representa justamente aquela parte de nós que sempre tentamos eliminar. Em meio a uma sociedade que nos exige ordem e lógica, o Coringa é justamente o oposto: é o puro caos. Da mesma forma que Pennywise, ele subverte a imagem da inocência do palhaço e usa esse simbolismo do lúdico para trabalhar o absurdo e o total descontrole — o que funciona muito bem contrastando com alguém tão centrado quanto o próprio Batman.

Não é por acaso que, de toda a galeria de vilões do Homem-Morcego, o Palhaço do Crime seja justamente o mais icônico, lembrado e amado de todos eles. Com seu jeito espalhafatoso, planos mirabolantes e comportamento completamente errático, ele é aquela energia caótica que a gente joga para baixo do tapete, mas que encontra no cinema uma forma de sair.

1. Darth Vader

Não há como fugir: o grande vilão do cinema é mesmo Darth Vader. Além de ser a grande ameaça de uma franquia tão amada e popular quando Star Wars, há toda uma conjunção de fatores que o elevam a um nível que nenhum outro personagem consegue chegar perto.

Desde a sua primeira aparição, em Uma Nova Esperança, ele já impõe respeito com seu visual. A armadura negra reluzente com uma máscara ameaçadora e uma respiração bastante peculiar deixam claro que esse não é um soldado qualquer do Império, mas alguém que merece atenção e muito cuidado. Aliás, o fato de o seu design ser inspirado em trajes samurais carrega toda a força dos guerreiros japoneses ao mesmo tempo em que simboliza a corrupção da honra que eles carregam.

Além disso, há toda a trilha sonora marcante que acompanha toda a imponência de Vader e que casa muito bem com o impacto que ele tem quando aparece na tela. E, de quebra, ele tem toda uma história trágica envolvendo o herói Luke Skywalker e que faz com que a luta não seja apenas pelo destino da galáxia, mas pela própria redenção do vilão.