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Hollywood define regras para tentar retomar trabalhos em meio à pandemia

Por| 03 de Junho de 2020 às 11h42

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Montagem: Laísa Trojaike/Canaltech
Montagem: Laísa Trojaike/Canaltech

A indústria audiovisual norte-americana divulgou seu plano para retomar as produções mesmo em meio à pandemia de COVID-19. Formulado pela Alliance of Motion Picture and Television Producers, o documento com as propostas de medidas de segurança foram entregues ao governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo; ao governador da Califórnia, Gavin Newsom; e ao Departamento de Saúde Pública do Condado de Los Angeles.

O documento de 22 páginas tem inúmeras recomendações e dá atenção especial para o distanciamento, adotando medidas que desencorajam aglomerações e contatos que podem ser evitados através de encontros e reuniões virtuais, por exemplo.

A divulgação do documento surge logo após a Nova Zelândia reabrir o setor e o Reino Unido tomar a mesma medida. Os Estados Unidos, no entanto, estão em meio à pandemia, bastante diferente do caso da Nova Zelândia, que chegou a zerar as internações. Mesmo no Reino Unido, alguns especialistas não apoiam as medidas de reabertura do setor audiovisual.

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A Malásia também já anunciou a reabertura do setor, com o governo autorizando produções de cinema e de TV a retomarem a partir do dia 10 de junho. Na última sexta-feira (30), o filme Poppy, da diretora e roteirista estreante Linda Niccol, foi o primeiro a recomeçar as gravações na Nova Zelândia, enquanto a equipe de Avatar cumpre quarentena para poder fazer o mesmo.

Processo de reabertura

O documento da Alliance of Motion Picture and Television Producers tem uma página dedicada ao processo de reabertura, que explica:

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"A produção pode ser retomada mediante a aprovação das autoridades de saúde pública, com base no Roteiro para a Estrutura de Recuperação. Um processo de reabertura em etapas pode ser necessário, com os setores da indústria do entretenimento reabrindo sequencialmente com base no risco e na aprovação da autoridade pública. Por exemplo, aspectos de atividades de pré e pós-produção podem ser considerados de menor risco e reabrir mais cedo do que as atividades de produção".

Segundo o documento, são cinco as áreas críticas de preocupação dos produtores: “controle de infecção”, “proteger e apoiar a saúde e a segurança do elenco e da equipe”, “distanciamento físico”, “treino e educação” e, por fim, “preocupações especificamente voltadas para a produção”.

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Controle de Infecção

O documento prevê a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), além de testes periódicos em toda a equipe:

"Testes regulares e periódicos, com o elenco e com a equipe, serão usados ​​para mitigar o risco de propagação da COVID-19. Os empregadores utilizarão protocolos efetivos de teste atuais que devem ser desenvolvidos em conjunto com e aprovado pelos Sindicatos e Associações. Empregadores, sindicatos e associações devem contar com especialistas médicos para aconselhamento e orientação. Conforme os testes são desenvolvidos e outros se tornam mais precisos, os protocolos de teste também devem mudar. Os empregadores devem informar ao elenco e à equipe que eles serão submetidos a testes como condição para serem empregados e para manterem o emprego".

O texto ainda fala da higiene das mãos, desinfecção e manutenção, além de ter trechos voltados exclusivamente para adereços, props de cena, figurino e demais objetos que fazem parte do cotidiano de um set. Há uma seção exclusivamente sobre papel, inclusive, que prevê a redução do uso de papel ao máximo, priorizando a utilização de recursos virtuais.

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A última página do documento traz a lista de companhias que fizeram parte da proposta. Entre elas estão gigantes como Amazon Studios, Apple Studios, HBO, Netflix, Paramount Pictures, Sony Pictures Television, Walt Disney Pictures e Warner Bros Entertainment.

Fonte: Variety