Vida de Empreendedor: Você é um canivete suíço ou apenas uma tesoura?

Em um tempo não tão distante, fomos doutrinados a seguir um modelo de aprendizado que atendia às expectativas da Era Industrial, representada por um pequeno grupo que mantinha controle sobre os processos. Um fluxo planejado para nos tornarmos excelentes operários em uma esteira e quem sabe um dia, gerentes da fábrica. Não que isso seja ruim – existem pessoas que se sentem confortáveis com esse modelo –, mas será que muitas pessoas não estão deixando passar um universo de possibilidades?

Eu nunca fui um aluno com as melhores notas no colégio e venho de uma família tradicional. Entretanto, me sinto diferente, tenho um instinto desbravador e gosto de ressignificar as coisas ao meu redor. Com o tempo, fui percebendo que tudo o que era burocrático e verticalizado destruía meus interesses e consequentemente a minha criatividade. Modelos padronizados me levavam a ser uma pessoa mediana em todos os aspectos. Você se identifica com essa descrição?

Com o surgimento da internet, quebramos barreiras, compartilhamos pensamentos, vivenciamos novas experiências facilitadas, tornamos o mundo físico cada vez mais virtual. Estamos vivendo a economia pós-digital, onde a criatividade se conecta com as oportunidades. Se nos sentimos como um canivete suíço, por que temos que nos comportar como uma tesoura sem ponta que só corta papel? Tentar ser tesoura causa um sofrimento danado em pessoas que possuem múltiplos interesses e diversas habilidades. Nós, os multipotenciais ou multiapaixonados, não temos medo de sair desbravando o mundo do aprender e reaprender. De criar e compartilhar o novo, gerando valor para quem o utiliza.

Conecte-se ou crie empresas (startups) com um modelo de trabalho transparente, diversificado e flexível. Algo justo com todos os envolvidos e que respeite cada indivíduo como parte de um ecossistema colaborativo. Os novos tomadores de decisões se "plugam" e "desconectam" cada vez mais rápido, como disse Steve Jobs em seu discurso na Universidade de Stanford (2005): "Lá na frente você olhará para trás e verá que todos os pontos se conectam".

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