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Dinheiro em papel será menos usado e fintechs crescerão, diz pesquisa

Por| Editado por Claudio Yuge | 07 de Dezembro de 2021 às 21h20

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Reprodução/Proxyclick Visitor Management System/Unsplash
Reprodução/Proxyclick Visitor Management System/Unsplash

O dinheiro em papel caminha para o seu fim. Na América Latina, o volume de transações sem dinheiro em espécie aumentará em 52% até 2025 e em 48% até 2030. É o que aponta um relatório da Strategy&, braço de estratégia da consultoria PwC. Em outras partes do mundo, essa tendência crescerá ainda mais rápido.

A região Ásia-Pacífico é a que deve liderar o crescimento, com percentual em 109% até 2025 e 76% até 2030. Grande parte da "culpa" será da China, uma das pioneiras nesse sentido. Em seguida virão a África (com 78% e 64%, respectivamente) e Europa (64% e 39%). Apenas os EUA e o Canadá terão crescimento mais lento que a América Latina: 43% e 35%.

A média global de crescimento prevista para 2025 e 2030 são, respectivamente, 82% e 61%. Ou seja, nos próximos dez anos o número de transações sem dinheiro em espécie será aproximadamente o dobro ou o triplo do nível atual, indo de cerca de um trilhão para quase 1,9 trilhão por ano.

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O relatório ainda aponta algumas peculiaridades do cenário geral do meio de pagamento sem cédulas:

Inclusão e confiança

  • O foco em soluções de QR code e carteiras digitais garantirá o amplo acesso e o baixo custo so serviço;
  • Os bancos centrais manterão sua função de assegurar a privacidade, a estabilidade e a confiança em novas empresas e métodos de pagamento.

Moedas digitais

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  • 60% dos bancos centrais avaliam o uso das moedas digitais e 14% estão realizando testes;
  • A preocupação dos bancos centrais é que a descentralização das finanças e as criptomoedas privadas prejudiquem a política monetária.

Carteiras digitais

  • O uso de pagamentos móveis crescerá de modo constante (estimativa de 23% até 2024);
  • A proliferação de superapps, serviços de open banking e QR codes impulsionará a adesão à carteira digital;
  • Por conveniência, os clientes serão direcionados para as carteiras digitais como primeiro ponto de contato, deixando de lado as interfaces tradicionais de cartões e bancos.
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Jornadas de pagamento

  • O início do pagamento está migrando de cartões e contas para carteiras digitais com suporte no open banking;
  • Os reguladores obrigarão a indústria a fortalecer a infraestrutura nacional de pagamentos;
  • Os consumidores de mercados emergentes estão migrando para carteiras móveis e pagamentos baseados em contas, sem passar pela “era do cartão”.

Pagamentos transnacionais

  • Pagamentos instantâneos e de baixo custo estão provocando a reinvenção dos pagamentos transnacionais;
  • A padronização global dos pagamentos permitirá a conectividade internacional de soluções instantâneas nacionais;
  • Surgirão soluções regionais (especialmente na Ásia) e soluções não bancárias globais baseadas em criptomoedas e carteiras digitais.
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Crime financeiro

  • Com a adoção cada vez maior do open banking e dos pagamentos instantâneos e alternativos, crescem as “fraudes como serviço”, isto é, criminosos que prestam serviço de fraude para terceiros;
  • Os riscos de segurança, conformidade e privacidade de dados foram as maiores preocupações de bancos e fintechs;
  • Com a sofisticação do crime financeiro, os provedores terão que proteger todo o seu ecossistema.

Neste cenário, haverá implicações para todos os atores do sistema monetário, segundo a pesquisa:

  • Os bancos tradicionais precisam trabalhar com os clientes corporativos para ajudá-los a integrar os pagamentos diretamente com seus serviços;
  • As operadoras de cartões talvez precisem avaliar meios mais eficazes para iniciar pagamentos, como por exemplo parcerias com fornecedores importantes de carteiras digitais, para garantir sua relevância no ambiente de serviços para varejistas;
  • Os provedores de serviços de pagamento precisam garantir transparência, confiança e visibilidade em relação à aceitação do cliente, além da capacidade de suportar o risco de crédito;
  • Os bancos centrais precisarão melhorar seus conhecimentos para fornecer supervisão eficaz das empresas financeiras que não são bancos, que ganham atuação cada vez mais global.
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Fonte: PwC