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Presidente da Fiesp defende taxa das blusinhas: “questão foi resolvida”

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Karolina Grabowska/Pexels
Karolina Grabowska/Pexels

Em fala realizada na última terça-feira (30), o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, comentou questões relacionadas à importação de produtos no Brasil. Ele comentou a recém-aplicada “taxa das blusinhas”, além de falar sobre os problemas relacionados a compras no Paraguai.

Segundo Gomes, a nova tributação sobre importados serviu para resolver a discrepâncias tributárias entre os agentes. Nomes relevantes do varejo nacional já pediam a adoção da taxa, alegando que estariam sob condições que atrapalham a justa competitividade.

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A nova alíquota faz parte do programa Remessa Conforme, que impõe um imposto de 20% sobre o valor de produtos importados que custam US$ 50 ou menos. Além disso, a iniciativa também simplifica o processo de recebimento de itens do exterior, visando regulamentar as remessas e agilizar entregas.

Gomes apontou que o novo conjunto de regras é positivo, já que aumenta a regulamentação e permite que o setor seja mensurado com dados realistas.

Ele ainda citou a varejista Shein, e como a empresa tem ganhado repercussão de forma orgânica:

“Acho admirável o esforço do varejo e da indústria brasileira de promoverem a marca dessa empresa chinesa, porque todos gostam de falar o nome dela, é impressionante. Se eles tivessem investido em marketing no Brasil, eles não tinham conseguido um resultado tão avassalador”

De acordo com Gomes, a digitalização das vendas é um processo inevitável:

“Você tem Mercado Livre que é altamente competitivo. Você tem AliExpress, ou o Temu que acabou de entrar. Vejo eles mais como potenciais clientes do que como potenciais concorrentes. Eles são varejistas”.

Paraguai e compras no exterior são mais prejudiciais que Shein

Segundo ele, as entregas via fronteiras (chamadas de cross border, e com a tributação) realizadas por essas plataformas são menos prejudiciais que as operações informais, como as compras no Paraguai:

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“O Paraguai oferece muito mais risco para a indústria brasileira, e quando eu falo Paraguai, eu quero dizer o Mercosul. São produtos que entram sem nenhum imposto de importação.”

Os viajantes internacionais também foram citados por Gomes, já que esse tipo de operação pode ser “potencialmente 12 vezes mais danoso que o cross border”.

“São US$ 1.500 que um viajante internacional pode trazer por entrada. Ele pode fazer 12 vezes por ano. São 24 milhões de viajantes internacionais que entram no Brasil por ano. São US$ 36 bilhões de potencial de importação legal com zero de tributo. São R$ 180 bilhões”.

Fonte: Metrópoles