Magalu volta a lucrar no 2º tri e espera continuar crescendo em 2024
Por Murilo Tunholi • Editado por Léo Müller |

O Magalu divulgou resultados positivos aos investidores, na última quinta-feira (8), com destaque para o lucro líquido de R$ 23,6 milhões no segundo trimestre de 2024. Graças ao bom momento, as ações da empresa (MGLU3) subiram 4,70%, na manhã desta sexta-feira (9).
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- Magalu e AliExpress firmam parceria histórica para venda de produtos
Os resultados positivos chegam para reverter o prejuízo de R$ 301,7 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Entre abril e junho de 2024, a empresa registrou aumentos na venda total de mercadorias (GMV), desempenho de lojas físicas e marketplace.
Segundo o Magalu o GMV total subiu 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado, rendendo R$ 15,4 bilhões. O índice teve como principal suporte o aumento de 14,2% no desempenho das lojas físicas espalhadas pelo Brasil.
Em termos de vendas online, a empresa viu um crescimento de 4% no segmento de marketplace — ou 3P. Isso compensou uma queda de 1% nas vendas de produtos do estoque próprio — ou 1P —, devido à baixa demanda por bens duráveis, como eletrodomésticos e móveis.
Ainda em relação ao segundo trimestre de 2023, o Magalu teve aumentos de:
- +4% em vendas líquidas;
- +4% em mercadorias;
- +11,5% em serviços.
Magalu pode voltar a crescer no segundo semestre, diz CEO
Graças aos aumentos em diversos setores, o Magalu chegou ao lucro líquido de R$ 23,6 milhões. Contudo, em termos ajustados, a varejista faturou R$ 37,4 milhões no segundo trimestre deste ano.
No Ebitda ajustado — medida do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização —, a empresa chegou a R$ 710,7 milhões. O valor é 61,6% maior do que no ano passado.
Ao desconsiderar ajustes, o Ebtida chegou a R$ 655 milhões — 130,7% maior que o período anterior.
Em conferência com analistas após a publicação dos resultados financeiros, o presidente-executivo do Magalu, Frederico Trajano, afirmou que a empresa pode voltar a crescer a partir do segundo semestre.
“A expansão da margem do Magalu dá conforto para pensarmos em retorno ao crescimento a partir do segundo semestre. Não queremos que a margem de 7,9% abaixe”, disse Trajano.
Apesar das vendas em lojas físicas ter aumentado, o Magalu terminou o trimestre com 1.246 unidades abertas — 57 a menos do que no ano passado.
Parceria com AliExpress deve ajudar no crescimento
Ao perceber tanto o crescimento em marketplace quanto a queda na venda de produtos do estoque próprio, o Magalu firmou uma parceria com o AliExpress. A ideia é facilitar o acesso de produtos importados no mercado brasileiro, enquanto aumenta a oferta de itens duráveis no site chinês.
A partir deste mês, o e-commerce chinês vai vender itens diretamente no Brasil no site e no app do Magalu. Em contrapartida, o Magalu venderá produtos do estoque próprio dentro do site brasileiro do AliExpress.
Segundo especialistas ouvidos pelo Canaltech, o movimento é bastante positivo para o Magalu, que ganha um forte aliado tecnológico com o AliExpress. Nesta parceria inédita, ambas as empresas devem colher bons frutos até o final do ano, como avaliam os profissionais na reportagem.
Assista ao vídeo: O que é esse tal de Cloud?