Governo estuda zerar imposto de importação sobre produtos específicos; entenda
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo federal revisará a aplicação de impostos sobre algumas categorias de produtos importados ao Brasil. A declaração foi dada em entrevista a jornalistas durante o evento do setor automotivo Automec, na semana passada.
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Alckmin disse que pretende "separar bem" os produtos abrangidos pelo regime de ex-tarifários. Tratam-se dos itens que recebem reduções temporárias de impostos quando não há produção nacional suficiente — incluindo eletrônicos e bens de capital.
"O que nós não fabricamos no Brasil, a gente zera o imposto de importação para poder importar e a indústria crescer, mas o que nós fabricarmos no Brasil, não. Nós queremos fortalecer a indústria no nosso país", disse o vice-presidente.
Durante essa fala, Alckmin não especificou quais produtos poderão ter o imposto de importação zerados após a revisão e também não ficou claro se a ideia seria permitir que pessoas físicas também aproveitem a isenção ao comparem em sites chineses, por exemplo.
"Taxa das blusinhas" reduziu arrecadação dos Correios
De acordo com dados publicados neste mês, a chamada "Taxa das blusinhas", que impõe impostos de importação sobre bens de consumo de até US$ 50, causou uma redução de mais de R$ 2 bilhões na arrecadação dos Correios.
O presidente dos Correios, Fabiano Silva, apontou que a expectativa de receita frustrada representa um prejuízo para a empresa.
Silva também citou a entrada de outras empresas de transportes para realizar a logística de produtos internacionais no Brasil, o que reduziu a participação da estatal de 98% para 30% no segmento.
Diante desse contexto, os Correios já anunciaram a entrada em novos mercados, para diversificar suas fontes de arrecadação. A mais notável é a plataforma de marketplace Mais Correios, que pretende rivalizar com gigantes como o Magalu e Mercado Livre.
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