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Denúncia: varejistas da Amazon estão vendendo produtos considerados impróprios

Por| 26 de Agosto de 2019 às 11h50

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É melhor você dar avaliar melhor aquele produto que estava de olho na Amazon: segundo reportagem publicada pelo Wall Street Journal, a gigante varejista vem oferecendo itens que possuem informações enganosas nos rótulos, não possuem certificação de segurança, colocam usuários em risco e, em alguns casos, dizem ter aprovações de autoridades federais nos EUA sem terem passado por nenhuma avaliação. Mais além, pelo menos 157 desses produtos já foram até mesmo banidos pela própria Amazon.

O problema, segundo a matéria, reside na imensa rede de lojistas terceirizados, que se valem da estrutura logística da Amazon para comercializarem seus produtos. Em suma, não é “a Amazon” quem vende a mercadoria problemática, mas é “pela Amazon” que outras pessoas estão conseguindo transitar com eles. Alguns dos produtos ainda apresentam o selo “Amazon Choice” de recomendação de itens com base em avaliações positivas.

A lista de produtos divulgada pelo Wall Street Journal é extensa e inclui desde brinquedos com quantidades excessivas de chumbo e sem certificações de segurança infantil até remédios sem proteção contra crianças e que exigem receita, importados ilegalmente. Outros itens apresentam-se fora das datas de vencimento, declarados inseguros por agências de regulamentação ou com informações enganosas em seus rótulos e embalagens. Alguns produtos, inclusive, já haviam sido banidos pela própria Amazon.

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O problema reside em revendedores terceirizados que, por fazerem parte de um programa específico de relacionamentos da empresa (“Fulfilled by Amazon” é o nome), se aproveitam de certas vantagens para oferecer tais produtos por conta própria. Membros desse programa conseguem anunciar qualquer produto livremente e ainda fazem uso de toda a rede logística da Amazon para despachar suas encomendas. O design das páginas de produtos da Amazon faz pouco para ajudar a distinguir tais vendedores de um produto 100% oferecido pela Amazon. Salvo por uma linha fina que diz, especificamente, que um produto é vendido pela empresa e não por um terceirizado, não há como determinar a procedência.

A Amazon respondeu à reportagem do Wall Street Journal por meio de um post em seu blog oficial, ressaltando os seus esforços para garantir a segurança dos produtos que oferece por meio de sua plataforma:

“A segurança é a maior prioridade da Amazon. Produtos em nossas lojas devem ser obedientes às leis e regulações relevantes, e nossas sofisticadas ferramentas previnem que produtos não complacentes a elas sejam listados. (...) Somente em 2018, investimos mais de US$ 400 milhões na proteção de nossa loja e nossos consumidores, construindo programas robustos para assegurar que os produtos vendidos sejam seguros, legais e autênticos”.
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O post ainda ressalta diversas medidas empregadas pela plataforma para a proteção própria e dos usuários:

“Nossas medidas proativas começam quando um vendedor tenta abrir uma conta. Nossa vistoria inclui uma série de verificações e utiliza uma tecnologia proprietária de machine learning para impedir que maus atores possam se registrar ou listar um único produto em nossa loja. Tudo o que é oferecido deve ser obediente às aplicáveis leis e regulamentações. Por exemplo, exigimos que brinquedos sejam testados por relevantes padrões de segurança estipulados pela Comissão de Segurança de Produtos de Consumo”.

O post finaliza convidando usuários a entrarem em contato com a equipe de suporte em caso de suspeitas de algum produto.

Fonte: Wall Street Journal; Amazon