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Comércio móvel está em alta e vendas globais devem atingir US$ 3,56 tri em 2021

Por| Editado por Claudio Yuge | 03 de Dezembro de 2021 às 21h00

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Envato/stevanovicigor
Envato/stevanovicigor

Uma das mudanças mais significativas trazidas pela pandemia foi a aceleração da adoção do m-commerce (ou comércio móvel). A categoria passou por um grande crescimento e, além da adição de novos usuários, os serviços procurados foram atualizados. Com o avanço da vacinação contra a covid-19, veio a abertura das lojas. Mesmo assim, os apps de e-commerce conseguiram reter os usuários adquiridos e ainda atrair mais clientes.

A popularidade desses aplicativos está em alta. "Embora ainda estejamos entendendo o impacto duradouro da covid-19 na forma como vivemos, estamos entrando em uma nova fase no comércio digital", avalia Alex Malafeev, cofundador do E-commerce App Report 2021.

Até o fim de 2021, 54% das vendas totais de e-commerce devem vir dos apps móveis. As vendas globais nessa categoria devem atingir US$ 3,56 trilhões (R$ 20 trilhões) — isso é 22% a mais que em 2020. Instalações na categoria e-commerce já cresceram globalmente 10% em 2021 em comparação com 2020 — na América Latina, o aumento chega a 11%.

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As sessões, por sua vez, subiram 12% e sua duração foi de 10,07 minutos em 2019 para 10,42 minutos em 2020 e 10,56 minutos em 2021. Na América Latina, houve maior aumento em número de sessões, com crescimento de 27%. Dados do Sensor Data mostram que a quantidade média de usuários ativos mensais, semanais e diários cresceu constantemente de 2019 a 2021.

Enquanto isso, o engajamento em TV conectada (Connected TV — CTV) continua a crescer e ela tem se destacado no espaço do anúncio programático. Nos EUA, a quantidade de lares com CTV deve atingir 113 milhões até 2024. Com a expansão desse espaço, aumenta a importância de atribuir anúncios exibidos em CTV a instalações de apps móveis, impressões e eventos pós-instalação.

Social commerce

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Outro ator importante nesse cenário é o social commerce. Plataformas como TikTok, Instagram, SnapChat e Twitter já têm novos recursos para facilitar as compras diretas. Entre os impulsionadores do social commerce estão os vídeos curtos: ao ver um conteúdo, o usuário pode comprar os itens apresentados. Um relatório recente do 5W Public Relations indica que 28% dos usuários do TikTok já compraram algo anunciado na plataforma.

Entre os principais desafios dos aplicativos de e-commerce estão os carrinhos abandonados e a fidelização do cliente. Ambos já são abordados com gamificação para aumentar o engajamento.

Dados do Sensor Data mostram que a Shopee chegou ao topo da categoria em 2021 — e que o Brasil já é seu principal mercado. Em 2020, o destaque foi a Amazon na Índia e, em 2019, a Wish nos EUA. "O m-commerce finalmente se expandiu para além dos mercados consumidores tradicionais e se tornou um fenômeno global”, diz Randy Nelson, chefe de Mobile Insights da Sensor Tower.

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O custo para adquirir usuários subiu globalmente: foi de US$ 1,06 (R$ 6) no primeiro trimestre de 2020 para US$ 1,67 (R$ 9,4) no mesmo período de 2021. E o segundo trimestre teve crescimento ainda maior: foi de US$ 1,31 (R$ 7,4) em 2020 para US$ 2,42 (R$ 13,7) em 2021.

Após pequena queda no primeiro trimestre de 2021 em comparação com 2020, as taxas de retenção subiram no segundo trimestre. Esse crescimento, mesmo em comparação com o auge dos lockdowns em 2020, demonstra que o setor está saudável.