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Amazon prioriza itens médicos e bloqueia estoque de outros produtos nos EUA

Por| 18 de Março de 2020 às 19h00

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Como muita gente sabe, a Amazon não vende somente seus produtos em seu e-commerce. Por meio do programa Fulfillment by Amazon, a gigante varejista normalmente recebe os itens e os armazena em seus galpões para embalagem e distribuição da comercialização online. Contudo, devido aos protocolos de prevenção contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) e à alta demanda de “artigos básicos e suprimentos médicos”, a companhia decidiu, nos Estados Unidos, interromper temporariamente o recebimento de outros itens considerados “não essenciais”.

Esse bloqueio por tempo indeterminado foi comunicado aos fornecedores e parceiros nesta terça-feira (17). No comunicado, enviado por e-mail, a Amazon diz que só vem aceitando até o dia 5 de abril em seus armazéns estadunidenses material classificado como prioridade, listado em seis categorias: produtos para bebê; saúde e uso doméstico; beleza e aparelhos e acessórios para cuidados pessoais; mercearia; industrial e científico; e suprimentos para animais de estimação.

As remessas feitas antes deste anúncio ainda serão entregues em solo ianque. "Estamos vendo um aumento nas compras online e, como resultado, alguns produtos, como artigos básicos e suprimentos médicos, estão fora de estoque", diz o aviso. "Com isso em mente, estamos priorizando temporariamente produtos básicos, suprimentos médicos e outros produtos de alta demanda que entram em nossos centros de atendimento, para que possamos receber, reabastecer e entregar mais rapidamente esses produtos aos clientes”.

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Alta demanda por máscaras e papel higiênico

Essa diretriz emergencial segue um grande aumento no número de pedidos de determinados produtos na Amazon, como máscaras faciais e papel higiênico, à medida que mais compradores acessam sites de comércio eletrônico como o da varejista para fazer seus pedidos sem sair de casa. Isso causou maior movimentação em sua cadeia de suprimentos, resultando em atrasos nas remessas, falhas técnicas e falta de mão-de-obra.

"A Amazon está tomando medidas drásticas para enfrentar os desafios logísticos enfrentados em meio à pandemia de coronavírus", disse Steven Yates, CEO da Prime Guidance, agência que ajuda os parceiros da empresa. "A Amazon tem se esforçado para acompanhar a demanda por itens essenciais, portanto essa mudança permitirá concentrar os recursos disponíveis para atender a esse aumento de pedidos”.

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Outra decisão da companhia foi estender as janelas de entrega das compras realizadas, dando aos fornecedores mais tempo para enviar os itens. "Entendemos que isso é uma mudança nos seus negócios e foi difícil tomarmos essa decisão. Agradecemos sua compreensão ao priorizarmos esses produtos para nossos clientes", complementa o comunicado aos fornecedores.

Vendas de outros itens despencaram

Yates disse que os vendedores de bens não essenciais têm registrado queda de 40% a 60% em suas lojas online, já que os compradores vêm reduzindo bastante os gastos com outros produtos durante a atual pandemia global. Como muitos dos comerciantes enviam itens para estoque considerando a saída de encomendas da referência normal de vendas no período entre 30 e 60 dias, a companhia vem tentando lidar com esse comportamento incomum dos consumidores.

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Com isso, muitos dos parceiros estadunidenses da companhia vêm armazenando e enviando seus produtos por conta própria, em vez de usar o serviço de atendimento da Amazon, de acordo com Will Tjernlund, CMO da Goat Consulting, outra agência que ajuda os vendedores que usam a plataforma da gigante varejista. Nesse caso, o programa Seller Fulfilled Prime, que confere a elegibilidade ao serviço Amazon Prime e melhor exposição no site, continua sendo utilizado.

Na segunda-feira (16), a Amazon também anunciou a contratação de 100 mil funcionários adicionais em suas redes de armazenamento e entrega. Os colaboradores que ainda precisam operar presencialmente estariam recebendo um aumento de US$ 2 por hora até abril.

Fonte: Business Insider