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Microsoft testa o primeiro data center subaquático do mundo

Por| 01 de Fevereiro de 2016 às 14h36

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Divulgação/Microsoft
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A Microsoft testou recentemente um novo local para construir um novo data center: dentro do oceano. O projeto Natick combina enormes tubos de aço ligados por fibra óptica que ficariam posicionados no solo marinho ou flutuando sobre a água. Além de oferecer um melhor aproveitamento de espaço, a iniciativa também pode ajudar a solucionar um problema bastante comum deste tipo de local, que é a refrigeração.

Como as centrais de dados reúnem milhares de computadores ligados simultaneamente, o calor gerado ali é imenso. Assim, além dos tradicionais gastos para manter tudo funcionando, demanda-se ainda um pesado investimento para refrigerar o local e evitar danos por superaquecimento. Colocando os servidores debaixo das geladas águas marinhas, o problema estaria (ao menos parcialmente) resolvido.

Ainda na pegada sustentável (e de economia), a Microsoft planeja utilizar uma fonte renovável de energia para colocar seus data centers marinhos na ativa — as opções incluem o uso de turbinas ou até mesmo um sistema de energia das marés. “Quando ouvi isso pela primeira vez, eu pensei 'Água... Eletricidade, por que você faria isso?”, comentou o designer de computador Ben Cutler, da Microsoft, um dos engenheiros envolvidos no projeto. “Mas, quando você pensa mais a respeito disso, realmente faz muito sentido”.

De olho no impacto

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Apesar de fazer sentido, ainda há uma série de obstáculos para que tudo isso se concretize. Se a ideia é positiva do ponto de vista tecnológico, afinal o mundo demanda cada vez mais por internet, serviços na nuvem e por aí vai, há que se pensar no impacto ecológico que este tipo de construção teria dentro do ambiente marinho. No primeiro teste, os pesquisadores da MS empregaram sensores acústicos para determinar quanto o barulho gerado dentro do tubo poderia ser ouvido do lado de fora. Eles descobriram que a movimentação é quase imperceptível.

Outra questão importante é a do aquecimento do tubo, que também poderia gerar consequências. De acordo com os pesquisadores do projeto Natick, uma quantidade “extremamente pequena” de calor foi percebida na parte externa da cápsula, o que também é positivo. A Microsoft garante que, caso seja de fato viável, os data centers subaquáticos poderiam ser erguidos em apenas 90 dias, quantidade de tempo bem inferior aos dois anos necessários para construir uma planta terrestre para abrigar este tipo de serviço. Além disso, servidores dentro d'água poderiam ser construídos em mais lugares, barateando custos e ampliando o alcance de uma série de serviços.

Fonte: The New York Times, Microsoft News Center