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Airbus: ciência e inovação inspiradas na natureza

Por| 21 de Agosto de 2015 às 15h53

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Rafael Romer/Canaltech
Rafael Romer/Canaltech

O que o Velcro, traje de natação que imita pele de tubarão usada por nadadores e a maior aeronave do mundo – o Airbus A380 – têm em comum? A resposta está em um campo de estudo conhecido como “biomimética”, ou engenharia inspirada na biologia. Simplificando, é o estudo e a imitação da natureza para resolver problemas dos seres humanos. É por isso que o traje de banho conseguiu replicar as habilidades de um tubarão de reduzir o atrito na água e manter-se limpo, propriedades que não apenas tornaram os nadadores mais rápidos, como também protegem superfícies sensíveis a bactérias em hospitais.

Estamos em um momento de transição na indústria aeronáutica, pois fabricantes trabalham cada vez mais para criar aviões e helicópteros com a maior eficiência possível para reduzir consumo de combustível, níveis de ruído, poluição e custos operacionais. Diversas inovações aeronáuticas são inspiradas por estruturas naturais e essa tendência está cada dia mais forte, pois as novas tecnologias disponíveis hoje permitem que propriedades de elementos da natureza sejam aplicadas na construção dos aviões.

A Airbus, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, recentemente lançou no mercado o A350, uma enorme aeronave de passageiros de longo alcance que está na ponta da lança da inovação, sendo construída com materiais compostos e formas aerodinâmicas que melhoram a eficiência em todos os aspectos.

Temos acompanhado a trajetória do novo avião, inclusive com sua chegada ao Brasil em dezembro para voar com a TAM, e não poderíamos deixar de explorar como a gigante europeia inspirou-se na natureza para fazer sua aeronave consumir e poluir menos.

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Asas de borboleta

As asas de uma aeronave não são rígidas e se envergam durante o voo. No entanto, este fenômeno é apenas uma consequência das alterações de pressão atmosférica, pesos, esforços e outros parâmetros que mantém o avião no ar. Se isso pudesse ser controlado, a eficiência seria ainda maior.

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As borboletas escondem mecanismos fantásticos em suas asas: membranas e os vasos sanguíneos podem se enrijecer ou relaxar, adaptando-se durante o voo. Os engenheiros da Airbus estão pesquisando a utilização de superfícies móveis e componentes estruturais internos ativos, a fim de imitar a asa da borboleta e obter um voo mais eficiente no futuro.

Pele de tubarão sulcada

Lembra do traje de natação pele de tubarão de Michael Phelps? Bem, os mesmos princípios poderiam ser aplicados ao exterior de uma aeronave. A pele de um tubarão é coberta por sulcos microscópicos que, como os cientistas descobriram, de fato reduzem o seu atrito na água, permitindo que o animal poupe energia.

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O conceito dessa “pele sulcada” tem sido investigado por engenheiros aeronáuticos há décadas e está sendo adaptado às aeronaves da Airbus para reduzir o atrito com o ar, o que ajuda a reduzir a quantidade de combustível consumida por uma aeronave a jato.

O efeito de lótus

A superfície da folha de lótus se mantém limpa e seca, fazendo com que a água escorra e leve a sujeira. Conhecidas como o “efeito de lótus”, essas propriedades inspiraram os revestimentos dos acessórios da cabine da aeronave, o que aumenta a higiene e reduz a quantidade de água necessária para limpeza. Consequentemente, isso reduz o seu peso e a quantidade de combustível consumida.

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A inovação já é utilizada nas superfícies dos banheiros e, no futuro, será encontrada no tecido dos assentos e carpetes e, talvez, na parte externa da aeronave. Lá em cima tem-se ar atmosférico com partículas de água e a própria chuva, o que acaba por gerar atrito extra durante o voo e ainda aumenta o risco do acúmulo de gelo na estrutura, com consequências seríssimas para a segurança — acúmulo de gelo foi o que causou a tragédia com o voo da Air France no Nordeste há alguns anos.

Winglets inspirados nas águias

Se as asas da Águia-das-Estepes fossem muito longas, o círculo de virada seria grande demais para caber nas colunas de ar que ela usa para planar. As asas da águia equilibram o máximo de sustentação com o mínimo comprimento, virando as penas para cima, o que torna seus voos altamente eficientes. Se fosse construída de acordo com o design convencional, a envergadura do A380 seria muito longa para os aeroportos do mundo.

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Porém, graças aos dispositivos conhecidos como winglets, que imitam as penas da águia, as asas do A380 estão dentro dos limites dos aeroportos e ainda proporcionam sustentação suficiente para que a maior aeronave de passageiros do mundo voe de forma eficiente.

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Construir aviões cada vez mais eficientes, ecológicos e confortáveis é o principal objetivo da maioria das fabricantes de aeronaves. E a Airbus, como a maior delas, está sempre à frente com novas tecnologias e inovação em suas máquinas voadoras.

Além dos mencionados A350 e A380, a empresa também trabalha em novas versões para a linha A319/A320, que você provavelmente já viajou em voos domésticos da TAM e da Avianca.

Quer saber mais sobre as inovações da Airbus? Então confira nossa visita à linha de montagem na Alemanha:

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O segredo das aeronaves da Airbus (clique para ampliar).