Rússia propõe construção de rodovia que permitiria ir da Europa aos EUA de carro
Por Joyce Macedo | 25 de Março de 2015 às 13h00
O presidente da Russian Railways, Vladimir Yakunin, propôs um plano para criar uma autoestrada transiberiana que ligaria a fronteira oriental da Rússia com o estado americano do Alasca, atravessando uma estreita faixa do mar de Bering que separa a Ásia e a América do Norte. A ideia foi revelada em uma reunião da Academia de Ciências da Rússia.
Apelidado de Trans-Eurasian Belt Development (TEPR), o projeto prevê a construção de uma autoestrada ao lado da já existente ferrovia Transiberiana, juntamente com uma nova rede ferroviária, oleodutos e gasodutos.
A rodovia atravessaria a Rússia, fazendo ligação com todos os sistemas rodoviários existentes na Europa Ocidental e na Ásia. A distância entre as fronteiras ocidentais e orientais da Rússia é de aproximadamente 10 mil quilômetros. Yakunin disse ainda que a estrada iria ligar a Rússia à América do Norte por meio da região leste de Chukotka, pelo Estreito de Bering e pela península de Seward, na costa oeste do Alasca.
Ilustração de como seria a rota descrita de acordo com a interpretação da rede CNN (Imagem: Reprodução)
Apesar da ideia grandiosa, o executivo ainda não disse qual seria a opção dos motoristas para atravessar a lacuna do oceano no meio da estrada. Dentre as opções imaginadas estão ponte, balsa, e túnel, mas nenhuma delas foi citada até o momento.
Caso essa história saia mesmo do papel um dia, uma suposta viagem por terra entre Londres e Nova York poderia resultar em cerca de 20.777 quilômetros de estrada. Essa é a mesma distância que um holandês percorreu de carro em uma viagem de São Francisco, nos Estados Unidos, até Salvador, na Bahia, para assistir a Copa do Mundo 2014. Lembrando que ele demorou "apenas" cinco meses para chegar ao seu destino.
Com certeza, essa não será uma obra barata. Relatos indicam que o projeto pode custar trilhões de dólares, mas também há quem diga que Yakunin é cotado como provável sucessor do presidente russo Vladimir Putin, Logo, não seria um problema. Yakunin alega que os retornos econômicos maciços mais do que compensariam o enorme gasto com a obra.
Fonte: CNN