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Traficantes que usavam bitcoin para ficarem anônimos pegam 30 anos de prisão

Por| 30 de Abril de 2019 às 09h17

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Traficantes do Reino Unido que compravam metanfetamina com bitcoins foram condenados a 30 anos de prisão pela Justiça na semana passada. De acordo com as autoridades, os criminosos acreditavam que, ao comprar a droga com bitcoins, eles permaneceriam no anonimato.

Criada em 2008, a criptomoeda é gerada por sistemas computacionais e mantém a identidade do usuário em sigilo para garantir a segurança dos dados. Só que qualquer operação realizada deixa rastros no blockchain, que podem ser rastreados pela polícia.

Neste caso, as autoridades nem precisaram acompanhar as atividades do grupo. Em uma manhã de junho de 2017, o líder da gangue, Hassan Jalilian, também conhecido como Josh ou Neema, criticou dois policiais em um carro de patrulha porque eles estariam "bloqueando o seu caminho".

Quando as autoridades se aproximaram, Jalilian abriu uma lata de gás lacrimogênio e espirrou o spray no rosto dos policiais. Em seguida, ele fugiu com o carro, mas foi encontrado mais tarde em sua residência.

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Ao chegar no local, as autoridades encontraram drogas, apetrechos para o consumo de drogas, armas e dinheiro. Mais tarde, descobriu-se que a droga era comprada por Jalilian e seu grupo na dark web e era escondida em brinquedos antes de sair do Canadá. As autoridades também acreditam que os traficantes venderam mais de 1 quilo de drogas controladas – como cocaína e ecstasy – por dezenas de milhares de libras em 2017.

O promotor do caso, Patrick Palmer, disse que cerca de US$ 78 mil em medicamentos e pelo menos US$ 58 mil em dinheiro foram recuperados. Somando as condenações, os membros do grupo ficarão presos por mais de 30 anos.

O líder da gangue administrava a operação do grupo pelo apartamento de sua então namorada, Cheryl Scott, em Leeds, Yorkshire. Ele também recrutou os ex-viciados Michael Bendo e Gohar Manzoor para distribuir e vender as drogas nas ruas da cidade.

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Jalilian ainda transformou uma propriedade na periferia da cidade em uma fábrica de drogas. Ele foi condenado a 11 anos e meio e sua carteira de habilitação foi revogada por sete anos e meio. Sua ex-namorada Scott foi presa por cinco anos.

Os outros membros do grupo foram condenados a oito e sete anos e quatro meses de prisão. Manzoor pegou a menor pena – sua esposa Razna Begum recebeu uma ordem comunitária de 12 meses e também será obrigada a participar de uma atividade de reabilitação por 10 dias.

Recentemente, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul encontrou um laboratório de bitcoins usado para lavagem de dinheiro. O grupo também confiava no anonimato da criptomoeda.

Fonte: The Next WebDewsbury Reporter