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Como comprar Bitcoin no Brasil?

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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pexels/ Alesia Kozik
pexels/ Alesia Kozik

O Bitcoin se destacou como o ativo que mais valorizou na última década. Se em 2010 alguém fizesse um investimento de R$ 11 na criptomoeda, dez anos depois esse valor teria se transformado em R$ 4 milhões. Toda essa valorização chama a atenção das pessoas que passam a se interessar a investir no ativo.

À primeira vista, para um iniciante, pode parecer complicado comprar Bitcoin. Mas quando você divide o processo em etapas fica muito fácil. Nesse texto o Canaltech mostra de maneira bem simples como comprar seus primeiros BTC — e, de bônus, como guardar de maneira segura.

O que é Bitcoin?

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Bitcoin é uma moeda digital criada em 2009, por um anônimo conhecido apenas por Satoshi Nakamoto. A criptomoeda usa uma rede descentralizada de computadores para gerenciar a negociações. Todas as transações ficam registradas em um “livro-razão” chamado blockchain.

Esse “livro-razão” é como um enorme registro público de todas as transações envolvendo a moeda. Antes disso, porém, essas movimentações passam antes pelos mineradores. Esse grupo é responsável pela “confirmação” das operações, a partir de atividades que usam o poder de processamento de computadores, algum deles de ponta, paraaumentar a velocidade. Em troca, recebem as taxas pagas pelos usuários, além da recompensa por minerar um novo bloco da rede.

Para você entender melhor, acompanhe o exemplo a seguir:

  • O usuário A envia 1 Bitcoin para o usuário B, pagando uma taxa de 0.0001 BTC;
  • A transação é enviada pela rede. Os mineradores priorizam aquelas que pagam as maiores taxas. Todas as transações são reunidas em um novo bloco na rede que está sendo minerada. A cada 10 minutos um novo bloco é minerado; os mineradores recebem as taxas, ganham a recompensa de 3.25 novos BTCs. A transação é confirmada na rede e chega na carteira do usuário B;
  • Todas as transações que os mineradores reuniram em um bloco ficam registradas no livro-razão. Atualmente, a rede possui mais de 740 mil blocos minerados.

Como comprar Bitcoin no Brasil?

Há algumas coisas que um iniciante precisam saber antes de começar a investir em Bitcoin: É necessário ter uma conta numa “exchange”, termo em inglês muito utilizado no Brasil para se referir a uma corretora de criptomoedas. As corretoras não são as únicas maneiras de comprar Bitcoin, mas para um iniciante, é a mais segura.

Para abrir sua conta na corretora será necessário enviar seus documentos de identificação, um processo chamado “KYC - Know your Customer”, que significa “conheça seu cliente”. São os trâmites normais, exigências do governo para evitar fraudes e lavagem de dinheiro. Também é recomendável que você tenha sua carteira digital para guardar seu Bitcoin, afinal “exchange não é carteira”. Sobre esse assunto, falaremos mais a frente.

Escolhendo uma corretora para comprar Bitcoin

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O primeiro passo é escolher uma empresa confiável. O cadastro numa corretora de criptomoedas permitirá que você compre, venda e até guarde (desde que seja por um curto período) suas criptomoedas. Não indicaremos uma corretora em especial, apenas vamos te apresentar as opções de empresas mais populares e confiáveis do país.

Veja abaixo algumas das opções mais conhecidas no setor brasileiro:

  • Liqi: Plataforma de tokenização de ativos, que lançou sua própria corretora de criptoativos;
  • Mercado Bitcoin: Maior plataforma de criptomoedas da América Latina;
  • Novadax: Exchange de criptomoedas que promete facilidade nas transações;
  • Walltime: Plataforma para conectar compradores e vendedores exclusivamente interessados em Bitcoin;
  • Foxbit: Uma das maiores exchanges do Brasil;
  • BitPreço: Marketplace que conecta várias exchanges em um só lugar;
  • Bitcointoyou: Primeira exchange brasileira, atuando no Brasil desde 2010;
  • Nubank: O banco permite a compra e venda de criptomoedas direto pelo aplicativo (não é possível sacar criptomoedas);
  • Binance: A maior corretora de criptomoedas do mundo, possui a maior variedade de moedas digitais;
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Após se cadastrar, o próximo passo é enviar seus documentos e passar pela aprovação da empresa. O processo de comprar criptomoedas difere entre as corretoras. Se você estiver usando uma plataforma com processos mais simples, como a Liqi ou Walltime, basta inserir o valor em Real para saber automaticamente correspondente em Bitcoin.

Se você usa plataformas mais complexas, como a Binance, na tela você verá opções como "ordens de mercado" e "ordens limitadas". Uma "ordem de mercado" significa que você compra a criptomoeda no valor que ela está sendo negociada naquele momento, pelo preço atual de mercado.

Uma "ordem de limite significa que você pode escolher um valor diferente do preço atual. Exemplo: A moeda digital está custando R$ 100 mil, mas você define uma ordem limite para ser ativada quando o preço cair para R$ 90 mil. Quando a criptomoeda chegar a esse valor, ela será comprada automaticamente.

Como guardar suas criptomoedas com segurança?

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Muitas corretoras permitem que o usuário deixe suas criptomoedas na plataforma, o que é mais fácil para os iniciantes. Contudo, se você quer mais proteção para suas criptos, o melhor é transferir para uma carteira digital. Existem diversos tipos disponíveis e todas têm diferentes níveis de segurança. Pode ser que a exchange até ofereça uma opção, de modo a facilitar a transferência das moedas compradas para um lugar mais seguro.

Basicamente, existem duas categorias: as carteiras quentes e as carteiras frias. Nos dois tipos é possível guardar Bitcoin e todas as outras criptomoedas.

As frias se entendem por aquelas não conectadas à internet. São dispositivos como pendrives, eles armazenam a chave privada, um código alfanumérico que permite o acesso às suas moedas. São os tipos mais seguros. Exemplos são: Trezor, Ledger Nano, Coldcard, KeepKey.

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Já as carteiras quentes são dispositivos sempre conectados à rede. Elas armazenam a chave privada da sua criptomoeda em servidores que, embora estejam sempre protegidos por vários protocolos de segurança, podem ser invadidos por cibercriminosos — são, portanto, opções menos seguras, recomendadas para quem não tem valores muito altos investidos em cripto. Exemplos de carteira quente são aplicativos para celulares como o Mycellium, Coinomi, BRD Wallet; programas de computador como o Electrum, Atomic Wallet; e também sites que oferecem esse serviço, como Metamask e Coinbase.

Um detalhe interessante sobre carteiras de criptomoedas é que, não importa se quente ou fria, no primeiro uso é solicitado ao usuário um backup de segurança de acesso aos dados. Geralmente são 12 ou 24 palavras em inglês, que devem ser anotadas em ordem sequencial pelo usuário.

O dispositivo apresenta as palavras; e o usuário anota cada trecho. Então, caso perca o dispositivo, a pessoa pode facilmente recuperar as criptomoedas, inserindo as palavras na sequência certa. Tenha muita atenção na hora de realizar esse procedimento, afinal, é o que permitir a você acessar de volta seu saldo em uma carteira perdida.