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Protótipo Nintendo PlayStation vai a leilão em fevereiro de 2020

Por| 18 de Dezembro de 2019 às 12h10

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(Foto: Mats Lindh/Fickr)
(Foto: Mats Lindh/Fickr)

O console-protótipo Nintendo PlayStation, o único resultante de uma malfadada parceria entre a Sony e a Nintendo, deve ir a leilão em fevereiro de 2020, segundo informa o site Kotaku. O atual proprietário do aparelho, Terry Diebold, decidiu vendê-lo com o objetivo de recuperar perdas financeiras ocasionadas pelas viagens e exibições que ele e seu filho fizeram do aparelho em diversas convenções focadas em jogos retrô nos Estados Unidos.

“Eu não posso continuar perdendo dinheiro”, disse Diebold ao Kotaku, via e-mail. “Eu gastei dinheiro demais nisso, viajando com ele e nós não ganhamos nada dessa empreitada. Toda viagem que nós fizemos custou dinheiro do nosso próprio bolso”. O console será leiloado pela empresa Heritage Auctions, que se posiciona no mercado como uma das maiores leiloeiras de regalias, heranças e equipamentos eletrônicos.

Vale citar que, no passado, cerca de US$ 1 milhão já foi oferecido a Diebold pela venda do console — oferta essa que ele recusou. Agora, a empresa de leilões definirá um preço inicial, enquanto interessados ofertarão lances. É seguro dizer, porém, que nenhuma oferta deve se aproximar dos sete dígitos de outrora.

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O Nintendo PlayStation é o único de seu tipo, resultado de uma parceria entre a Sony e a Nintendo para produzir um console que fosse capaz de rodar cartuchos e CD-ROMs, além de apresentar capacidades de processamento e memória maiores que os concorrentes da época. No entanto, discordâncias corporativas distanciaram as empresas em 1991 e elas deram fim à parceria antes que a produção em massa do aparelho começasse. A Nintendo buscou a Phillips, enquanto a Sony lançaria o primeiro Playstation (conhecido hoje apenas como “PSX”) em 1994. O resto é a história como a conhecemos.

Informação interessante: Final Fantasy VII, um dos mais icônicos jogos do PSX, deveria ser o primeiro jogo do Nintendo PlayStation. À época, o nome dele seria Final Fantasy 64, aludindo aos 64-bits de reprodução gráfica comuns aos consoles da geração PSX/Nintendo 64.

Diebold obteve o protótipo da mesma forma pela qual está tentando vendê-lo: por meio de um leilão. Em 2009, ele era um dos participantes na aquisição dos itens dentro de uma propriedade de um ex-executivo da Sony. Sem saber do que estava no local, ele arrematou o leilão e, de quebra, levou o protótipo junto. Foi seu filho, porém, que encontrou o console no sótão de sua casa, meses depois. E, sabendo do que se tratava, deu início ao negócio de turnês do aparelho por convenções de retro gaming.

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Entidades de preservação de artigos eletrônicos genuínos tentaram, em vão, convencer Diebold a disponibilizar o aparelho para museus do tipo e empresas do gênero. Agora, com o auxílio da Heritage Auctions, ele espera contar com o recente sucesso da empresa de leilões para levar uma boa grana da venda do console: foi ela quem vendeu cópias lacradas de The Legend of Zelda e Bubble Bobble por aproximados US$ 20 mil (R$ 81,19 mil) cada. Uma cópia fechada de Donkey Kong 3 chegou à marca de US$ 30 mil (R$ 121,78 mil) e, talvez a maior venda no currículo da empresa, uma cópia do Mega Man original foi arrematada por US$ 75 mil (304,45 mil).

Sempre há a chance de que o novo proprietário aceite o pedido das entidades relacionadas e coloque o Nintendo PlayStation para conservação. Claramente, o negócio de turnês em comunidades retrô não fez muito bem a Diebold (pelo menos ao seu bolso), então só podemos esperar.

Fonte: Kotaku