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Hyperloop: projeto poderá conectar Porto Alegre à Serra Gaúcha em 12 minutos

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Reprodução/ Youtube/  HyperloopTT
Reprodução/ Youtube/ HyperloopTT

No Rio Grande Sul, um projeto revolucionário conta com a parceria da Virgin Hyperloop para pesquisas inicias de uma espécie de trem-bala. Desenvolvida a partir de uma das ideias do empresário e cientista Elon Musk, a norte-americana planeja transportar pessoas e mercadorias, através de capsulas com levitação magnética, que percorreriam um tubo, no vácuo, em uma velocidade surpreendente.

No caso brasileiro, a meta é o lançamento de um transporte de altíssima velocidade que pode chegar até 1.200 km/h, percorrendo a distância entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha em um intervalo de 12 minutos, conforme anunciado pelo governo do estado em janeiro. Atualmente, a rota pode ser feita de carro 1h40min, em média, enquanto o percurso de ônibus pode durar até três horas.

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Ainda em fase de pesquisa, a iniciativa do Rio Grande do Sul é desenvolvida através do programa Techfuturo, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), em parceria com a empresa global de transportes HyperloopTT e o apoio científico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Além de um estudo para a viabilidade técnica da rota até a Serra Gaúcha, o acordo também prevê a análise das condições ambientais, socioeconômicas e financeiras da região. Outra questão será análise dos aspectos operacionais e estruturais da obra, como localizações para grandes estruturas, possíveis restrições para o alinhamento do sistema e a integração do "trem" com a estrutura de transporte já existente, conforme apontou a UFRGS, em nota.

Como funciona o Hyperloop?

Para entender como funcionária, o Hyperloop é, na verdade, uma cápsula com capacidade para transportar pessoas e cargas dentro de um tubo que se movimenta de forma rápida, sendo pouco abaixo da velocidade do som, conforme explicou o presidente da empresa, Dirk Alhborn, durante a coletiva de imprensa, quando foi anunciado o projeto.

“Não há a resistência do ar. A sensação é de estar dentro de uma aeronave por haver um sistema de baixa pressão. Resolve um dos maiores problemas do transporte hoje. Não há ferrovias ou metrôs lucrativos hoje em dia. Com baixo custo operacional, poderia funcionar de forma privada, sem subsídios do governo”, explicou Alhborn sobre o seu funcionamento. Além disso, o projeto segue diretrizes ecológicas e funciona à base de energia solar.

Por enquanto, ainda não existem projetos do tipo operando no mundo. “Já há um estudo nos Estados Unidos, com a rota Chicago-Cleveland-Pittburgh, nos EUA, e um sistema em implantação em Toulouse, na França. O Brasil tem muito potencial e o RS poderá estar numa segunda onda com outros locais do mundo”, afirmou Alhborn sobre as perspectivas positivas deste estudo.

Em novembro do ano passado, a empresa realizou o seu primeiro teste com passageiros, no deserto em Nevada, nos EUA. Durante a viagem de teste, dois passageiros — no caso, funcionários da Hyperloop —, percorreram a distância de 500 metros em um intervalo de 15 segundos. Dessa forma, atingiram uma velocidade equivalente a 172 km/h.

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Desafios de implementação

Para a concretização do projeto existem inúmeros desafios, como questões financeiras e, principalmente, tecnológicas. No Brasil, a empresa norte-americana já estudou uma parceria com Minas Gerais para o transporte de cargas ultrarrápido. Inclusive, uma usina foi transformada em centro de pesquisa e de desenvolvimento, mas o projeto não seguiu adiante.

De acordo com o governador Eduardo Leite, o Rio Grande do Sul tem “os melhores parques tecnológicos do país, profissionais premiados e empresas pujantes”. Além disso, “já investimos em mais de R$ 5 milhões no ano passado em investimentos em pesquisa, uma sinergia entre poder público, universidades e iniciativa privada”, comentou o governador.

“Alguns podem pensar que este projeto não é possível de se realizar, que é futurista. Há alguns anos, já houve pessoas que não imaginariam que poderíamos ter vacinas”, afirmou o governador sobre as incertezas em relação ao projeto.

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A seguir, confira um protótipo da tecnologia que é estudada no Brasil:

Fonte: Correio do Povo  e Notícias Automotivas