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Designer cria sapato de protocélulas com poder de autocura e regeneração

Por| 13 de Dezembro de 2013 às 18h18

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Divulgação
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Todos os dias aqui no Canaltech você vê uma série de gadgets e acessórios que já fazem parte do nosso dia a dia ou estarão disponíveis no futuro, como relógios de pulso, veículos, óculos inteligentes e até anéis com acesso à internet. Mas e no vestuário? Será que vamos usar todos o mesmo tipo de roupa futurista ou cada um continuará com o próprio estilo?

No que depender de um designer da Inglaterra, pelo menos os sapatos podem se tornar uma espécie de padrão daqui a alguns anos. O britânico Shamees Aden, que também é pesquisador, desenvolveu um modelo de calçado de corrida feito com material biológico sintético que é totalmente adaptável ao formato do pé, pisadas e rotina diária do usuário. Ou seja, além de responder aos passos do dono, o objeto ainda é capaz de se regenerar enquanto não estiver em uso.

De acordo com o site Dezeen, o sapato, apresentado durante a conferência Wearable Futures, em Londres, foi produzido em uma impressora 3D por Aden em parceria com Martin Hanczyc, professor da Universidade do Sul da Dinamarca. O material sintético biológico que reveste o calçado é composto de protocélulas – moléculas básicas que, apesar de não estarem vivas, podem ser combinadas com outros elementos para criar organismos vivos, causando assim os efeitos de "cura" e regeneração.

Como o sapato é fabricado por meio da impressão 3D, é possível imprimi-lo no tamanho exato do pé do usuário para que o calçado se encaixe no corpo como se fosse uma segunda pele. Durante o uso, o sapato reage à pressão e movimento do indivíduo, garantindo amortecimento extra quando necessário.

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"As células têm a capacidade de inflar e desinflar para responder à pressão. Conforme você corre ou anda em diferentes superfícies e texturas, o calçado é capaz de inchar ou se esvaziar dependendo da pressão aplicada a ele, o que poderia ajudar o usuário como um corredor", explica Aden.

Segundo os pesquisadores, a única preocupação do usuário com o sapato é na hora de guardá-lo. Depois de um dia inteiro sendo utilizado ou logo após uma corrida, é preciso colocar o calçado em um frasco cheio de líquido de protocélulas para manter os organismos vivos e saudáveis. Como as moléculas são adaptáveis, o líquido do recipiente poderia mudar a cor dos sapatos enquanto faz as células se rejuvenescerem novamente.

Por enquanto, o projeto ainda está em sua fase de conceito. A próxima fase é continuar os estudos para entender o verdadeiro potencial tecnológico das protocélulas. Aden acredita que sua criação só deve se tornar uma realidade e parte do cotidiano de todos em 2050.