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Você já pode contratar um "assistente de paquera" para fingir ser você no Tinder

Por| 27 de Abril de 2018 às 14h52

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VICE
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Sabe aquela pessoa legal, divertida e interessante com a qual você anda conversando no Tinder? Não olhe agora, mas ela pode ser um impostor. Provando que a internet não conhece limites, o site norte-americano Quartz publicou recentemente um artigo escrito por um profissional que se considera um “assistente de paquera” — basicamente, ele é pago para fingir ser seus clientes em plataformas de relacionamento.

“Eu sou aquilo que eles chamam de ‘Closer’ para o serviço de paquera virtual ViDA (Virtual Dating Assistants). Homens e mulheres (principalmente homens) ao redor do mundo inteiro pagam essa empresa para terceirizar o trabalho e o tédio das paqueras virtuais”, explica Chloe Rose, que resolveu se aventurar nesse universo ao encontrar, em novembro de 2017, uma vaga que procurava “pessoas com boas habilidades no Tinder”.

De início, Chloe achou que aquilo era uma piada, até receber um telefone convidando-a para uma entrevista. “O entrevistador estava tão interessado em minha flexibilidade ética quanto nos detalhes jornalísticos do meu currículo. Eu poderia trabalhar em uma área “moralmente cinza”? Eu estaria confortável em classificar as fotos de clientes? Eu estava namorando alguém?”, comenta a repórter, relembrando do longo processo seletivo.

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A estrutura e rotina de trabalho da ViDA é simples: de um lado, existem os “Escritores de Perfis”, que dão aquele retoque especial para o perfil do contratante. Do outro, existem os assistentes em si, que enfrentam um longo treinamento e até mesmo testes com perfis falsos, garantindo que eles estejam realmente afiados para manter conversas interessantes com internautas reais. Para facilitar um pouquinho a rotina, um documento compartilhado pelo Google Docs traz alguns roteiros prontos e “padrões” de abordagem.

O pagamento é feito por comissão — o assistente ganha uma porcentagem do contrato sempre que consegue um número de telefone. Chloe afirma que, por mais que esse tipo de trabalho possa parecer bizarro, seu surgimento não é algo inesperado.

“Quanto mais o romance digital cresce, nossa dose diária de rejeição, assédio e corações partidos também cresce. Quando você mistura as vagas regras de ‘netiqueta’ e um saudável medo de cair em golpes, fica fácil ver por que alguém iria querer terceirizar seu perfil para um profissional”, ressalta.

Fonte: Quartz