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É possível mudar a própria personalidade de propósito? Saiba o que a ciência diz

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Março de 2022 às 15h45

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Rawpixel/Envato
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A personalidade muda ao longo do tempo. Isso já está muito claro para a ciência e pode vir de diversos fatores, como o amadurecimento e o acúmulo de experiências. Mas será que poderíamos mudar a personalidade de propósito, se quiséssemos?

Em 2019, um estudo de longo prazo da American Psychological Association avaliou traços de personalidade em 1.795 adolescentes e fez uma nova análise desses mesmos participantes quando chegaram aos 60. Os resultados indicaram uma mudança notável na personalidade de 60% dessas pessoas.

Cientistas também já sugeriram que mudanças específicas de traços de personalidade tendem a ocorrer durante diferentes fases da vida, e as pessoas tendem a se tornar menos neuróticas e mais racionais entre 20 e 40 anos.

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No entanto, em um estudo publicado na revista Psychological and Cognitive Sciences, pesquisadores instruíram 1.523 indivíduos a tentar mudar suas personalidades usando um app desenvolvido pela própria equipe de acordo com anteriores pesquisas de psicoterapia, que indicam que uma intervenção eficaz para a mudança de personalidade deve ter motivação, ajuda de entes queridos e o "aumento do repertório comportamental".

O app oferecia “microintervenções”, como vídeos informativos e atividades de autorreflexão. Ao todo, o estudo acompanhou esses participantes por cerca de três meses, e ainda fez uma comparação com um grupo que não contou com a ajuda do app para orientar essa mudança de personalidade. Logo, a conclusão dos cientistas foi que as mudanças de personalidade autorrelatadas foram consideravelmente maiores entre os usuários do app, em comparação com os demais.

No fim das contas, é possível mudar a própria personalidade de propósito com uma "pequena ajuda digital", conforme observaram os autores do estudo. Segundo os relatos dos próprios participantes, três meses foram suficientes para torná-los mais extrovertidos, agradáveis ou até mais estáveis ​​emocionalmente, por exemplo.

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Mas veja bem: o estudo não tentou mudar a essência da personalidade de alguém, mas sim fazer com que a pessoa reconhecesse um traço que queria melhorar e se empenhar nisso.

Fonte: American Psychological Association (1,2), Psychological and Cognitive Sciences via IFL Science