Do GenZ ao Baby Boomer: gaming ainda transporta todos para fora da realidade
Por Giovana Gaiolli |

Seja no celular durante o trajeto para o trabalho, no console da sala ou no PC do quarto, os jogos digitais continuam sendo uma das formas mais poderosas de escapismo e isso vale para todas as idades. Em 2025, o Brasil bateu recorde: 82,8% da população afirma consumir jogos digitais, segundo a 12ª edição da Pesquisa Game Brasil 2025. O dado reforça o que já se vê nas ruas, nas redes e nas lojas de apps: o gaming é um fenômeno cultural transversal, que conecta gerações e redefine o que entendemos por entretenimento.
Mas os jogos não são apenas passatempo. Cada vez mais estudos mostram que eles funcionam como uma espécie de fitness mental estimulando o cérebro, promovendo bem-estar emocional e até ajudando a manter a mente ativa com o passar dos anos. De GenZs a Baby Boomers, o ato de jogar se tornou uma ferramenta de foco, socialização e saúde.
Cada geração joga do seu jeito, mas todas jogam
A PGB 2025 mostra que os Millennials (30 a 44 anos) são hoje o maior grupo gamer do país, representando 53,2% do público consumidor de jogos digitais. Embora apenas 46,8% deles se considerem gamers, o hábito está presente: 29,4% jogam no smartphone entre três e seis dias por semana, e 50,3% jogam em horários aleatórios, quando têm tempo disponível.
Entre os Baby Boomers (60+), o número de gamers é menor 14,5% se identificam como tal, mas o celular é a plataforma dominante: 52,3% preferem jogar exclusivamente no smartphone, e 29,5% jogam todos os dias. Isso reforça a força dos games mobile, que lideram como plataforma preferida entre brasileiros de todas as idades, com 40,8% de preferência geral.
Um universo diverso, com um objetivo comum
Estudos científicos já associam o hábito de jogar a benefícios cognitivos e emocionais. Jogos digitais podem melhorar funções como memória, atenção e tomada de decisão em adultos e idosos, além de promover foco, resiliência e habilidades sociais. Em tempos de rotinas aceleradas, o tempo dedicado ao jogo se transforma em um momento de autocuidado.
A beleza do gaming em 2025 está justamente na sua diversidade. Há quem jogue para competir, quem jogue para relaxar, quem jogue para se conectar com amigos ou com os netos. Há quem jogue cinco minutos por dia e quem mergulhe por horas em narrativas complexas. Mas todos compartilham algo em comum: o desejo de sair da realidade nem que seja por alguns instantes e encontrar, nos jogos, um espaço de liberdade, desafio e prazer.
Seja você GenZ, Millennial, GenX ou Boomer, uma coisa é certa: o controle está nas suas mãos. E o jogo, definitivamente, continua valendo a pena.