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Desenvolvimento de champions de IA: criando organizações campeãs

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Pexels/Fauxels
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Você já ouviu falar dos “champions de IA”?

Mais do que especialistas em inteligência artificial, trata-se de profissionais que não só possuem uma experiência avançada com a tecnologia, mas que assumam, também, a implementação de inteligência artificial e o comando de projetos relacionados. Assim, passam a representar um impulsionador extremamente relevante de uma cultura suportada por IA, a base principal para um futuro exitoso.

E, se em 2024 pudemos observar uma evolução interessante no que diz respeito aos debates e discussões envolvendo o uso de IA em diferentes contextos, 2025 talvez seja o ano em que veremos isso se estabelecer – mesmo que gradativa e incipientemente — no ambiente de trabalho. E, para que as organizações possam alcançar níveis interessantes nesse sentido, é preciso que elas desenvolvam seus próprios champions.

Neste artigo, irei discorrer de forma mais aprofundada sobre o desenvolvimento desse tipo de profissional e por que ele representa um papel essencial na jornada de implementação de IA dentro das organizações. Boa leitura!

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Contexto promissor?

Conforme as discussões foram avançando nos últimos anos, foi possível perceber que  houve, consequentemente, um crescimento do interesse por parte das empresas — o qual, já podemos dizer, se sobrepõe a eventuais receios e desconfianças. Para se ter uma ideia, de acordo com um estudo realizado pela McKinsey, divulgado em janeiro deste ano, 92% das companhias pretendem aumentar seus investimentos em IA no período dos próximos três anos — dentro de um contexto no qual as oportunidades de ganho em produtividade no âmbito corporativo alcançam valor superior a US$ 4 trilhões.

Contudo, paralelamente, enquanto é possível dizer que quase todas as empresas pretendem investir em IA no futuro próximo, apenas 1% dos líderes  entrevistados pela consultoria global consideram suas empresas maduras no que diz respeito à implementação — ou seja, companhias que possuem IA  totalmente integrada aos fluxos de trabalho e representativa de forma substancial em termos de resultados.

Assim, depreende-se que não se trata de uma questão de mobilização de capital ou interesse por parte das empresas e seus tomadores de decisão de  preparação, adequação de processos e pessoas e, portanto, mudanças culturais. Torna-se necessário, assim, uma abordagem que priorize o capital mais valioso de qualquer companhia: o humano.

Interesse crescente

Em 2025, é possível dizer que boa parte dos chamados trabalhadores do conhecimento, aqueles que lidam com informações, análises e tomadas de decisão, já entende e percebe a chegada de IA e, sobretudo, seus impactos no ambiente de trabalho — e querem estar prontos para esse cenário que se desenha no horizonte.

Estudos como o da McKinsey já apontam que quase metade dos colaboradores, hoje, afirmam o desejo de um treinamento mais formal em IA e acreditam que esta é a melhor maneira de impulsionar sua adoção. Contudo, líderes e decisores ainda subestimam esta vontade, visto que um quinto dos  funcionários relatam ter recebido apoio mínimo ou nenhum nessas iniciativas.

Tendo este contexto em vista, é essencial que as empresas realizem movimentações para alterar essa realidade, de modo não só a se preparar para o futuro próximo, mas também satisfazer e atender às expectativas de seus colaboradores.

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Construindo champions de IA

Hoje, pensando na capacitação e desenvolvimento dos profissionais, algumas soluções já existem no mercado com esse propósito. É o caso da Jornada Anual de Champions de IA, desenvolvido pela AIMANA, um programa que tem como objetivo capacitar equipes de 30 a 50 colaboradores selecionados dentro das empresas, de modo que estes se tornem multiplicadores da cultura AI-first.

Por meio de um laboratório de IA, com foco na aplicação prática da tecnologia no cotidiano e de uma mentoria mensal, os profissionais podem receber orientações no processo — e são treinados para se tornarem embaixadores efetivos na organização e treinar outros colaboradores.

Vale ressaltar, ainda, que é oferecido um suporte no ambiente digital, com conteúdos gravados e espaço para troca de informação e experiências entre os participantes, com agentes de IA integrados à plataforma para apoiar os colaboradores.

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Todos esses pilares fazem parte do PDIA – Programa de Desenvolvimento Individual em Inteligência Artificial —, que acompanha o progresso de cada participante ao longo do programa, considerando a evolução de hard skills e soft skills.

Conclusão

A ideia de que os profissionais, de modo geral, ainda não estão tecnicamente preparados para a chegada efetiva da IA nas organizações não é uma opinião ou percepção, mas um fato.

Conforme apontou a Gallup em um estudo recente publicado sobre o tema, “muitas companhias estão investindo em IA para aprimorar sua performance em termos de negócio, mas essa transformação só acontece caso as pessoas se utilizem, de fato, da tecnologia”.

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Compreender como adotar e implementar IA começa por saber onde a empresa se encontra nesta caminhada. Portanto, a construção de champions de IA, neste contexto, passa substancialmente por aspectos relacionados à cultura e gestão, que precisam, também, passar por adequações.

No cenário atual, transformações corporativas só acontecem e se mantêm quando líderes, em vez de gerenciar a mudança, inspiram-na — e,  preferencialmente, de forma abrangente.