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Da casa conectada para o lar proativo: a IA ganha o controle das residências

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Se olharmos pelo retrovisor, 2025 foi um ano de consolidação e refinamento técnico. Ao longo dos últimos meses, discorri nesta coluna como a tecnologia transformou nossas salas de estar em verdadeiras arenas de entretenimento – com as telas QD-Mini LED quebrando barreiras de tamanho e imersão – e como os eletrodomésticos evoluíram para cuidar da nossa saúde.

Vimos a ZeroBorder nas TVs aumentar a imersão visual e, mais recentemente, em novembro, conversei com vocês sobre como a inteligência artificial começou a aprender nossos ritmos para climatizar ambientes de forma mais eficiente. Mas, se 2025 foi o ano em que a casa ficou "conectada", imagine como será o início da era da casa proativa.

Existe uma diferença sutil, mas fundamental. Na casa conectada, o foco era o controle remoto pelo celular: você pegava o smartphone para ligar a lavadora ou o ar-condicionado a distância, por exemplo. Na casa proativa, a tecnologia trabalha nos bastidores para eliminar etapas e, principalmente, otimizar o consumo. A IA deixa de ser apenas um assistente de voz e se torna um gerenciador de recursos.

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Da casa conectada à casa proativa

Para o futuro, a previsão é que os eletrodomésticos cada vez mais utilizem a IA para tomar decisões que facilitam a rotina. Na lavanderia, por exemplo, a máquina de lavar não vai apenas esperar você configurar tudo. Com base no peso das roupas e na resistência do tecido percebida pelo motor nos primeiros giros, ela ajustará automaticamente a dosagem de sabão e a quantidade de água. Se você costuma lavar roupas de ginástica toda terça-feira à noite, a máquina aprenderá esse padrão e poderá sugerir o ciclo "Esportes", por exemplo, assim que você ligar, poupando tempo de configuração.

Na cozinha, o refrigerador proativo terá como meta a preservação inteligente. Ao perceber uma grande carga de novos alimentos (por meio da flutuação de temperatura interna ou sensores de abertura de porta prolongada), ele ativará modos de resfriamento rápido automaticamente para evitar que os outros alimentos sofram choque térmico, voltando ao modo econômico logo em seguida sem que você precise apertar um botão.

E no conforto da sala, a integração entre TV e ar-condicionado se tornará mais fluida. Sensores de presença mais apurados vão permitir que o ar-condicionado direcione o fluxo de vento para longe das pessoas automaticamente ou entre em modo "Eco" se perceber que a sala está vazia, voltando a resfriar assim que a TV for ligada para o momento do filme.

A grande revolução para os próximos anos é a chamada invisibilidade da tecnologia. Não se trata de robôs fazendo tudo por nós, mas de aparelhos que cada vez mais entendem o contexto para gastar menos energia e exigir menos atenção. Estamos caminhando para um futuro no qual a tecnologia cada vez mais nos devolve o ativo mais precioso de todos: o tempo. Se a casa conectada nos deu controle na palma da mão, a casa proativa nos dará a liberdade de soltar o celular e outros controles e aproveitar ainda mais o conforto do lar.

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