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O Enfermeiro da Noite | Conheça a história do assassino que matava em hospitais

Por| Editado por Jones Oliveira | 27 de Outubro de 2022 às 21h00

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O Enfermeiro da Noite estreou como um dos filmes mais aguardados da Netflix. Baseado em uma história real e dirigido pelo vencedor do Oscar, Tobias Lindholm, o longa conta a história de Charles Cullen, um enfermeiro que confessou ter matado mais de 40 pessoas ao longo de anos de trabalho em vários hospitais.

A obra é baseada no livro homônimo de Charles Graeber e conta como Cullen, considerado um bom amigo e um excelente profissional, matou todas essas pessoas de forma silenciosa.

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O filme foi escrito por Krysty Wilson-Cairns (Penny Dreadful) e traz no elenco Eddie Redmayne no papel do protagonista e Jessica Chastain dando vida à enfermeira Amy Loughren, que ajudou a desmascarar os crimes do enfermeiro.

Vale lembrar que o longa é narrada sob o ponto de vista de Amy, que trabalhava junto de Cullen e, inclusive, criou um laço de amizade com ele antes de saber de seus crimes.

A história real de Charles Cullen

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Nascido nos Estados Unidos em 1960, Charles teve uma infância e adolescência difíceis, com diversas tentativas de suícidio. Após abandonar os estudos no ensino médio, se alistou na Marinha, onde fez o curso de enfermagem.

Seu primeiro emprego como enfermeiro foi no hospital Saint Barnabas Medical Center de Nova Jersey, em 1987, um ano antes de matar seu primeiro paciente: um juiz internado na sala de emergência. Cullen confessou ter administrado uma dose letal de medicação por via intravenosa.

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Como seu ato não teve consequências e ninguém descobriu seu crime, continuou matando pacientes até deixar o hospital quatro anos depois, quando as autoridades começaram a investigar as bolsas de medicação contaminadas. Cullen confessou ter matado pelo menos 11 pessoas naquele hospital.

Como a polícia desconfiou que havia algo errado?

Após algumas mortes sem explicação acontecerem no hospital, a polícia local começou uma investigação e descobriu que as bolsas intravenosas dos pacientes estavam adulteradas, apresentando uma quantidade a mais de glicose.

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Esse era o modo como Cullen matava os acamados, praticamente sem tocá-los. Ele adulterava as bolsas injetando soro fisiológico misturado com insulina ou digoxina para matá-los por overdose.

Apesar das investigações, sempre que as ações de Cullen eram descobertas, ele era demitido, mas as autoridades dos hospitais não o denunciavam à polícia.

Após perder seu primeiro emprego, rapidamente conseguiu trabalho em outro, o Hospital Warren, e, assim, continuou suas matanças.

A negligência dos hospitais

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De acordo com o livro de Graeber, Cullen cometeu assassinatos por mais de 15 anos, matando em diversos hospitais diferentes. Sempre que ele era descoberto, os advogados e os diretores dos hospitais preferiam apenas demiti-lo e não o denunciavam para que ele não fosse acusado de homícidio culposo.

Ao menos cinco hospitais ocultaram os atos do enfermeiro, e a situação só mudou quando ele começou a trabalhar no hospital Somerset Medical Center.

Lá, ele conheceu Amy Loughren, que acabou virando sua colega, mas que, pouco a pouco, começou a desconfiar do seu comportamento e de que houvesse alguma razão por trás das mortes misteriosas. Desse modo, ela se tornou uma informante da polícia e auxiliou nas investigações que duraram seis meses.

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Em entrevista à imprensa dos Estados Unidos, ela disse que sentiu orgulho ao se ver representada no filme da Netflix, O Enfermeiro da Noite.

"Assistir ao filme me deu permissão para ter orgulho de mim mesma. Eu apareci como mãe. Apareci como enfermeira. Apareci como amiga. A única razão pela qual Charlie parou de matar foi por causa da minha amizade com ele."

O que aconteceu com Charles Cullen?

Após reunirem provas suficientes, a polícia decretou a prisão de Cullen em 2003. Mesmo depois de preso, Amy foi essencial para conseguir a confissão do enfermeiro, pois ambos mantiveram contato e ela foi visitá-lo na prisão diversas vezes.

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Atualmente, Charles está cumprindo pena de prisão perpétua. Ele admitiu ter cometido 29 assassinatos, mas posteriormente disse aos investigadores que matou 40 pessoas. No entanto, pesquisas realizadas por estudiosos e pelo próprio autor do livro apontam que o Enfermeiro da Noite pode ter matado mais de 400 vítimas.

O que pensa Charles Cullen?

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Em 2013, o Anjo da Morte — como ficou conhecido — deu uma entrevista ao programa 60 Minutes e revelou que sabia que o que estava fazendo era errado, mas não pretendia parar caso não fosse descoberto. Ele também disse que não sabia explicar porque matava as pessoas.

"Não há justificativa. A única coisa que posso dizer é que me senti sobrecarregado na época. Parecia que precisava fazer alguma coisa, e fiz. E isso não é resposta para nada."

O que é verdade no filme O Enfermeiro da Noite?

Toda a trama da produção é bem fiel à história real, retratando as situações com o máximo de verossimilhança possível. No entanto, a fim de evitar expor as vítimas, a roteirista Krysty Wilson-Cairnsseus preferiu que seus nomes fossem trocados.

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Quem está no elenco de O Enfermeiro da Noite?

Para dar vida à essa história verídica, foram escalados além de Eddie Redmayne e Jessica Chastain, Noah Emmerich, Kim Dickens e Nnamdi Asomugha. A produção ficou com Darren Aronofsky (Mãe!).

O Enfermeiro da Noite pode ser assistido na Netflix.