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O Corvo | Saiba por que a estreia do remake chega cercada de polêmica

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Lionsgate
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O Corvo é um dos longas com estreia mundial nesta semana, e o Brasil também recebe o lançamento do filme, que é um remake do título homônimo de 1994. A versão original se tornou um clássico cult, não somente por conta da qualidade da obra, mas também por conta das circunstâncias trágicas e misteriosas que a cercam até hoje. Aliás, essas são as maiores razões por trás das polêmicas que rondam a novidade.

Tanto O Corvo de 1994 quanto este de 2024 seguem o mesmo roteiro baseado na primeira história em quadrinhos de mesmo nome, criado por James O’Barr em 1989:  a trama segue Draven, um jovem assassinado ao lado de sua noiva na noite anterior ao seu casamento. Um ano depois, Draven ressuscita e assume a forma de uma entidade sobrenatural conhecida como O Corvo, sedento por vingança contra os responsáveis ​​pelas mortes dele e de seu parceiro.

O original não foi um sucesso imediato quando chegou aos cinemas, mas a popularidade dos quadrinhos, as circunstâncias trágicas de sua conclusão e a própria qualidade da obra conquistaram muitos fãs ao longo dos anos seguintes — lembrem-se que estamos falando de 1994, uma época sem internet.

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Nos bastidores do filme original dirigido por Alex Proyas, o ator Brandon Lee, intérprete de Eric Draven, morreu no set devido a um tiro de uma das armas que estava acidentalmente carregada com munição real. 

O caso se tornou ainda mais notório na época porque Brandon era filho de ninguém menos que Bruce Lee, que também morreu nos bastidores de filmagens em um caso até hoje sem muitas explicações. Vale destacar que a morte de Brandon também segue com detalhes escassos, mesmo 30 anos depois.

Diretor do filme original critica remake

A simples notícia de que O Corvo ganharia um remake deixou a maioria dos fãs revoltada, com alguns poucos mais animados depois da escalação de Bill Skarsgard como Eric Draven, já que o ator conquistou muitos cinéfilos por seu trabalho em outro remake, desta vez em It: A Coisa, revisão de 2017 da obra original baseada em Stephen King de 1990.

Uma das coisas que mais incomodam os fãs que vêm desprezando o remake é o fato de a trama usar exatamente o mesmo personagem, Eric Draven, sendo que o universo de O Corvo pode oferecer vários outros casos de vingança com outros heróis e heroínas obscuras. O roteirista Cliff Dorfman, mais conhecido por seu trabalho em Warrior, de 2011, e pela série de sucesso Entourage, foi um dos maiores críticos assim que as primeiras exibições privadas aconteceram.

“Se hipoteticamente alguém visse uma exibição de O Corvo que a Lionsgate está lançando em agosto, esse alguém poderia dizer que é horrível e impossível de assistir; não desperdice seu dinheiro, ou não acredite que é muito pior do que o original”, postou em redes sociais, para depois apagar o texto.

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Mais recentemente, em março, foi Alex Proyas, diretor de O Corvo original de 1994, foi quem postou nas redes sociais sua desaprovação.

“Eu realmente não tenho nenhuma alegria em ver negatividade sobre o trabalho de qualquer colega cineasta. E tenho certeza de que o elenco e a equipe realmente tinham boas intenções, como todos nós temos em qualquer filme. Então me dói dizer mais sobre esse tópico, mas acho que a resposta dos fãs fala muito. [O Corvo] não é apenas um filme. Brandon Lee morreu fazendo-o, e foi concluído como um testamento de seu brilhantismo perdido e perda trágica. É seu legado. É assim que deve permanecer.”

Tanto o criador, James O’Barr, quanto a própria produção do novo filme e Skarsgard evitaram qualquer confronto de opiniões, e apenas disseram que respeitam a obra original, assim como a morte de Lee. Contudo, isso ainda não parece diminuir a ira de muitos fãs, que continuam sendo verbais na web.

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De qualquer forma, se não existe propaganda ruim, tem bastante gente que não iria ver o remake e sequer tinha visto original e, agora, parece ter interesse em ver se há tanta razão para esse barulho todo.