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Mais de 500 salas de cinema brasileiras fecharam por causa do coronavírus

Por| 17 de Março de 2020 às 13h17

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O Brasil agora conta com 577 salas de cinema fechadas por todo o país em virtude das preocupações das empresas audiovisuais com o avanço do coronavírus. De acordo com o jornal O Globo, o Rio de Janeiro é o estado com mais salas fechadas (382), seguido do Distrito Federal (88), Bahia (68) e Mato Grosso (23), entre outras salas menores em outros estados.

Os estabelecimentos sem funcionamento acabaram contribuindo negativamente para o que foi o pior desempenho da indústria cinematográfica brasileira desde o começo do ano: entre a última quinta-feira (12) e domingo (15), menos de um milhão de pessoas compareceu às salas de projeção para assistir a qualquer blockbuster, informa o jornal. Isso, já vindo de uma retração forte na semana anterior, com apenas 1,1 milhão de cinéfilos saindo de casa.

Estima-se que existam 3,5 mil salas espalhadas por todo o Brasil, o que mostra um percentual de 16,5% delas sendo fechadas. Empresas do setor agora estão conversando com administradores de shoppings, discutindo reduções no valor de aluguel dos espaços; bem como encontros com lideranças sindicais do setor para determinar um curso de ação voltado aos funcionários.

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A rede Cinemark, a maior do país, quer oferecer duas opções aos funcionários: a primeira é um plano de demissão voluntária (PDV) e a segunda é o que a empresa chamou de “Programa de Qualificação Profissional Remunerado”, onde o colaborador receberá até 80% do seu salário, mas atenderia a cursos online de aprimoramento de currículo. Ambas as propostas ainda precisam ser formalmente aprovadas pelo Ministério do Trabalho.

Já a rede Kinoplex antecipou-se ao fim do ano e deu férias coletivas a todos os funcionários da rede.

No caso de São Paulo, o governador João Dória (PSDB-SP) recomendou que fossem fechados estabelecimentos como casas de teatro, de shows e salas de cinema pelo prazo mínimo de 30 dias. A diretriz passa a valer a partir desta terça, 17, por todo o estado.

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No que tange à distribuição de longa-metragens, a indústria nacional está passando por um outro revés em virtude do coronavírus: a Vitrine Filmes anunciou a suspensão de lançamentos previstos para os meses de março e abril, o que afeta quatro filmes nacionais: Três Verões, Chão, A Febre e Pacarrete serão remanejados para datas posteriores, ainda não divulgadas. A Paris Filmes também suspendeu a estreia dos filmes que estavam previstos para sair até 30 de abril, incluindo A Jornada, Magnatas do Crime, O 3º Andar, Enquanto Estivermos Juntos, As Faces do Demônio e Depois a Louca Sou Eu.

Fonte: O Globo; Veja SP