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Ativista envia 80 mil cópias de 'A Entrevista' em balões para a Coreia do Norte

Por| 08 de Abril de 2015 às 12h02

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Ativista envia 80 mil cópias de 'A Entrevista' em balões para a Coreia do Norte
Ativista envia 80 mil cópias de 'A Entrevista' em balões para a Coreia do Norte

Lembra-se do filme A Entrevista? Sim, aquele mesmo que tirava sarro da Coreia do Norte e causou todo um incidente diplomático após hackers invadirem os sistemas da Sony, vazarem várias informações confidenciais e terem ameaçado os cinemas que exibissem o filme. Pois alguém decidiu dar o troco pelas dores de cabeça do ano passado e começou a jogar cópias do longa pelos céus do país.

Coordenada pelo ativista sul-coreano Lee Min-bok, a ação consistiu em encher quatro balões com nada menos do que 80 mil DVDs da comédia e mais um milhão de panfletos contra o governo comunista e soltar tudo isso sobre a fronteira entre as duas Coreias. Obviamente, vários veículos de comunicação acompanharam a investida.

Em entrevista, Min-bok explicou seus planos. A partir de um ponto seguro e no meio da madrugada, ele iria colocar os balões nos céus e fazê-los soltar a carga a partir de um timer instalado nos veículos. Por conta disso, ele diz que é impossível prever onde os DVDs vão cair, mas que o recado está dado.

Segundo ele, o regime norte-coreano odeia o filme pelo simples fato dele retratar a figura de Kim Jong-un como um mero humano e não como o deus que o regime construiu, principalmente ao mostrá-lo chorando, com medo e até mesmo sendo morto.

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Só que esta não é primeira tentativa de mostrar ao povo da Coreia do Norte a realidade a partir dos céus. Em janeiro, por exemplo, outro grupo de ativistas tentou enviar DVDs, pendrives e até mesmo rádios para ajudar a população a quebrar o controle que o governo local tem dos meios de comunicação e até da internet.

E é claro que essas investidas não são bem vistas pelo regime norte-coreano. Em outubro, outra tentativa de usar balões com propaganda resultou na troca de tiros entre os exércitos dos dois países. O conflito fez com que a população que mora próxima à fronteira ficasse menos receptiva aos ativistas — o que justificou a decisão de Lee Min-bok fazer tudo na calada da noite.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul não comentou sobre o envio dos filmes, mas falou por meio de um porta-voz à agência AFP que reconhece a liberdade de seus cidadãos de divulgar suas opiniões.

Fonte: CNN, The Guardian, The Verge