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NASA | Imagens inéditas mostram jatos rompendo a barreira do som em pleno voo

Por| 07 de Março de 2019 às 15h34

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Nasa/Divugação
Nasa/Divugação
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A NASA testou, com sucesso, uma tecnologia fotográfica que conseguiu capturar as primeiras imagens da interação de ondas de choque de duas aeronaves supersônicas em pleno voo. As imagens mostram as mudanças rápidas de pressão que são produzidas quando uma aeronave voa mais rápido que a velocidade do som, responsável ​​pelo estrondo ouvido no solo – o famoso “sonic boom”.

“Nós nunca sonhamos que as imagens seriam tão claras, tão lindas”, afirmou o físico J.T. Heineck, do Centro de Pesquisa Ames da NASA em Mountain View, Califórnia. “Com este sistema atualizado, aumentamos a velocidade e a qualidade de nossas imagens em pesquisas anteriores”, completou.

O sistema será usado para capturar dados do projeto do jato supersônico X-59 QueSST, desenvolvido para produzir ondas de choque quando entrar em super velocidade, mas sem o estrondo sônico. Atualmente, a capacidade dos voos supersônicos foram restritas por questões ambientas de poluição sonora.

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As imagens mostram os jatos T-38 da Escola Piloto de Testes da Força Aérea dos Estados Unidos na Base Aérea de Edwards, voando em formação em velocidades supersônicas. As fotos mostram o fluxo das ondas de choque de ambas as aeronaves. “O que é interessante é que, se você olhar para a traseira do T-38, verá que esses choques interagem em uma curva”, destaca o engenheiro de pesquisa da AerospaceComputing, Neal Smith.

“Isso ocorre porque o T-38 traseiro está voando na traseira da aeronave líder, então as ondas de choque têm uma forma diferente. Esses dados realmente nos ajudarão a avançar nossa compreensão de como esses choques interagem”, completa Smith.

As imagens foram capturadas usando um sistema com um upgrade de memória para as câmeras, permitindo que os pesquisadores aumentassem a taxa de quadros para 1400 quadros por segundo, facilitando a captura de um número maior de amostras. A conexão com os computadores de armazenamento de dados também foi melhorada, o que permitiu uma taxa muito maior de download de dados – aumentando a qualidade das imagens.

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“Estamos vendo um nível de detalhes físicos aqui que eu acho que ninguém nunca viu antes”, acredita o engenheiro sênior de pesquisa da NASA Armstrong, Dan Banks. “Olhando os dados pela primeira vez, acho que as coisas funcionaram melhor do que imaginávamos. Este é um passo muito grande”.

Apesar do poderoso sistema de câmeras, a obtenção das imagens exigiu ainda muita habilidade e coordenação de engenheiros, controladores de missão e pilotos de ambos os T-38 e do B-200 King Air da NASA, que tirou as fotos. Para as imagens, o King Air, voando a cerca de 9 quilômetros de altitude, teve que chegar em uma posição precisa os dois T-38s em velocidades supersônicas, aproximadamente dois quilômetros abaixo.

Enquanto isso, as câmeras, capazes de gravar por um total de três segundos, tiveram que começar a gravar no exato momento em que os supersônicos T-38 entraram em cena. “O maior desafio foi tentar obter o tempo certo para garantir que poderíamos obter essas imagens”, lembra a gerente do projeto Heather Maliska.

Fonte: NASA