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Mosquitos são quase eliminados de duas ilhas na China, dizem cientistas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Junho de 2022 às 14h20

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Johnstocker/Envato
Johnstocker/Envato

Mosquitos foram quase eliminados em duas ilhas na China, no sul da província de Guangdong, de acordo com estudo publicado na revista científica Nature. O experimento tinha o objetivo de reduzir a população do mosquito-tigre-asiático (Aedes albopictus), causador principal de picadas e transmissão de doenças nas ilhas. A ocorrência do mosquito caiu em 94%, e picadas reportadas em humanos, em 97%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu os insetos como um dos animais mais mortais do mundo, por conta de sua habilidade de espalhar doenças como dengue e malária com extrema rapidez e facilidade, causando surtos em diversos países.

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Melhor que inseticida

O feito foi realizado através da limitação da habilidade de mosquitos machos e fêmeas de se reproduzirem: as fêmeas foram esterilizadas com doses pequenas de radiação, enquanto os machos foram infectados com a bactéria Wolbachia. Após o procedimento, as populações foram libertas durante o pico da temporada de reprodução nos anos de 2016 e 2017, nas duas ilhas próximas a Ghangzhou.

Os resultados foram tão bons que a população de mosquitos fêmeas das ilhas foi quase totalmente erradicada. Especialistas atestaram o sucesso dos testes, um dos mais bem-sucedidos até hoje dada a teimosia dos mosquitos em sobreviver. É muito difícil eliminar os mosquitos com pesticidas e remoção de água parada, algumas das medidas convencionais para controle das populações.

O mosquito-tigre-asiático é altamente invasivo, saindo da Ásia e atingindo quase todos os continentes nos últimos 40 anos. As ameaças dos animais vão além das meras picadas: eles espalham doenças mortais com muita rapidez, como dengue e malária. Em um surto em 2014, Ghangzhou teve 37.350 pessoas infectadas pela dengue.

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Nas Filipinas, em 2019, um alerta nacional sobre a dengue foi emitido, após mais de 450 pessoas morrerem da doença apenas na primeira metade do ano. Sem vacina efetiva para tratamento da maioria das doenças transmitidas pelos mosquitos, a única saída é controlar as populações desses bichos, segundo os cientistas.

Fonte: Nature