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Milhares de tubarões repousam no fundo do mar e ninguém sabe por quê

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Gerald Schömbs/Unsplash
Gerald Schömbs/Unsplash

O mar tem seus mistérios, e o mais recente deles intrigou os pesquisadores do Institute for Marine and Antarctic Studies (IMAS): durante uma missão, ao Beagle Marine Park, na Austrália, a equipe da University of Tasmania encontrou milhares de tubarões da espécie Heterodontus portusjacksoni adormecidos no fundo do mar.

Esse encontro foi filmado por um robô subaquático, a partir do navio de pesquisa MRV Ngerin. A equipe de pesquisa já havia visto os tubarões no local  há seis anos, na primeira pesquisa.

“Encontrá-los duas vezes em um parque de 3 mil quilômetros quadrados é como encontrar uma agulha em um palheiro", afirma o líder da expedição, Dr. Jacquomo Monk.

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“Foi muito emocionante quando conseguimos atravessar uma elevação no recife para ter um vislumbre dos tubarões cochilando 65 metros abaixo do navio, quase no mesmo local em que estavam seis anos atrás", acrescenta o pesquisador.

O especialista descreve que milhares de tubarões dispostos como um tapete, espalhados pelo fundo do mar.

Tubarão-de-port-jackson

Os tubarões dessa espécie crescem até 1,65m de comprimento e são encontrados no sul da Austrália. Conforme diz o comunicado do instituto, eles descansam durante o dia e se alimentam à noite de animais como lulas, polvos e crustáceos.

“Uma das coisas interessantes que descobrimos desta vez é que o encontro de Beagles parece ser apenas para fêmeas. Isso nos traz mais perguntas do que respostas, mas sabemos que os machos e as fêmeas dessa espécie geralmente vivem separados, exceto durante o acasalamento", dizem os cientistas. Veja o ocorrido, em vídeo:

Por enquanto, o caso permanece como um enigma: "Não sabemos exatamente por que as fêmeas estão aqui. Talvez elas estejam se banqueteando com a iguaria local", diz o pesquisador.  “Vê-las novamente nos diz que a área é importante para elas.”

A ideia dos pesquisadores é que seus estudos sobre o local forneçam dados aos gestores de parques que precisam de informações para avaliar com precisão o quão bem os parques estão cumprindo as metas de conservação.

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Fonte: NESP Marine and Coastal