Estudo encontra DNA preservado em fóssil de dinossauro de 75 milhões de anos
Por Wagner Wakka | •

Pesquisadores de Montana, nos Estados Unidos, encontraram um fóssil de um dinossauro que viveu há aproximadamente 75 milhões de anos. Especialistas da Universidade da Carolina do Norte, em parceria com a Academia Chinesa de Ciências, encontraram dois ossos do crânio do que seria um indivíduo jovem da espécie Hypacrossauro stebingeri.
A análise dos dois ossos mostrou elementos que permitem comprovar o achado, como manchas escuras parecidas com núcleos de células. Os pesquisadores também fizeram uma análise de DNA e encontraram condrócitos, células específicas de cartilagens com estruturas que remetiam a cromossomos em seus núcleos.
Para o teste, os pesquisadores usaram um material que reage a filamentos de DNA. A aplicação do elemento "tingiu" o fragmento do crânio com vários micropontinhos brilhantes, azuis e vermelhos, comprovando que se tratavam mesmo de resquícios de material genético.
Um dos grandes achados do trabalho é que ele comprova que um fóssil, antigo como este, consegue preservar por eras e eras as suas estruturas, como traços de moléculas, proteínas e outros elementos. Outros estudos já levantaram a hipótese de que o material genético se desintegra após alguns milhões de anos, sem exatamente precisar esta data.
Assim, o trabalho permite dar mais luz ao cálculo de robustez de uma molécula de DNA. Segundo a líder da pesquisa, Mary Schweitzer, a probabilidade é de que trais moléculas tenham sido preservadas pela cartilagem, e não pelos ossos propriamente ditos. O tecido ósseo é poroso e não teria o ambiente ideal para conservação, por isso, a hipótese reside na proteção aparentemente gerada pelo tecido cartilaginoso do dinossauro.
O trabalho foi publicado na revista National Science Review.
Fonte: National Science Review