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Estudo com ovos de dinossauros sugere que eles podem ter tido sangue quente

Por| 19 de Fevereiro de 2020 às 14h35

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Se você imagina os dinossauros como grandes monstros de sangue frio, a Universidade de Yale, nos Estados Unidos, acaba de nos avisar de que talvez não, o sangue destes monstruosos animais talvez não fosse frio, no fim das contas. Robin Dawson, líder da pesquisa e doutora em geofísica e geologia em Yale, contou ter chegado à conclusão, através de estudos, de que os dinossauros possivelmente tinham o sangue quente como o de aves, e não frio como o de répteis.

"Nossos resultados sugerem que a maior parte dos grupos de dinossauros tinham o corpo com alta temperatura naquele ambiente", conta a pesquisadora. Tudo começou quando os cientistas da universidade começaram a analisar cascas de ovos fossilizadas de um Trodonte, pequeno dinossauro carnívoro bípede da mesma família do T-Rex, e de um dinossauro herbívoro com bico de pato, o Maiassauro.

Analisando então a ordem de átomos de carbono e oxigênio das cascas de ovos fossilizados, os cientistas conseguiram calcular a temperatura interna do corpo da fêmea que botou esses ovos. O nome desse processo é chamado de paleotermometria de isótopos agrupados. Pincelli Hull, professor assistente do departamento de geologia e geofísica da Universidade de Yale, e também um dos autores do estudo, explicou que os ovos, por serem desenvolvidos dentro dos dinossauros, funcionam como um "termômetro ancião".

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Os pesquisadores explicaram ainda que, para analisar a temperatura do local em que os ovos foram colocados, é preciso fazer uma análise semelhante em conchas fossilizadas de invertebrados de sangue frio, medindo a temperatura dos arredores. Com isso, foi possível descobrir que a temperatura corporal dos dinossauros era mais elevada do que o ambiente em que estiveram, sendo diferentes dos répteis, que necessitam de uma temperatura ambiente maior para se aquecer. Isso sugere, portanto, que os dinossauros conseguiam gerar calor internamente.

Cada espécie de dinossauro, no entanto, teria sido capaz de gerar uma quantidade máxima de calor em relação ao ambiente. Enquanto o Trodonte conseguia se manter 10 graus Celsuis mais aquecido, o Maiassauro chegava a ficar 15 graus Celsius mais quente do que o ambiente.

A descoberta reforça algo que, apesar da dúvida de muitos, vem sendo bastante estudado por paleontólogos: a ideia de que muitos dinossauros tinham penas. O motivo de eles terem evoluído para apresentar essa característica, no entanto, ainda segue em discussão na comunidade científica. "É possível que, inicialmente, as penas tenham aparecido como forma de proteção, pois a evolução dos dinossauros para as aves modernas diminuiu o tamanho do seu corpo", conta Dawson, dizendo que, posteriormente, o surgimento das penas pode ter acontecido para serem usadas no acasalamento ou para o voo.

 

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Fonte: CNN