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Este esqueleto pode ser de uma espécie desconhecida de humanos primitivos

Por| 12 de Dezembro de 2018 às 12h12

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JASON HEATON
JASON HEATON

Em 1994, o paleontólogo Ronald Clarke descobriu, na África do Sul, ossos de pés que, à época, acreditou se tratar de ossos de macacos ancestrais. Durante os vinte anos seguintes, ele escavou cuidadosamente a região até que descobriu 90% do esqueleto que foi chamado de Little Foot. Agora, cientistas acreditam que o tal esqueleto pode, na verdade, ser de uma espécie até então desconhecida de humanos primitivos.

Os pesquisadores determinaram que o fóssil tem cerca de 3,67 milhões de anos (com a espécie vivendo mais ou menos na mesma época dos Australopithecus, humanos primitivos que viveram entre 2 e 4 milhões de anos atrás). Ainda, a suspeita é de que os ossos são de uma mulher idosa que tinha cerca de 130 centímetros de altura.

Como Little Foot é o primeiro fóssil de sua idade encontrado com membros intactos, os pesquisadores têm em mãos possibilidades preciosas de estudar como a espécie caminhava, constatando que suas pernas eram mais compridas do que seus braços — o oposto de macacos que viviam naquela época.

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De acordo com Robin Crompton, pesquisador que analisa os ossos, "esse hominídeo tinha membros inferiores mais longos do que os superiores, como nós, e isso significa que estava sendo selecionado para o comprimento da passada no bipedalismo". Ele acredita que sua análise indica que nenhum outro hominídeo conhecido andava como Little Foot e, sendo assim, trataria-se de uma espécie totalmente nova.

Clarke garante que a ossada não pertence aos Australopithecus e nem aos A. africanus, outro primata semelhante ao ser humano que viveu na África há cerca de 2 milhões de anos. O paleontólogo deu o nome de A. prometheus para a nova espécie, que pode ter sido uma espécie provisória e distinta, que evoluiu entre a escalada em árvores para o andar em duas pernas.

Ele também explica que, em comparação com o A. africanus, "existem muitas, muitas diferenças, não apenas no crânio, mas também no restante do esqueleto", incluindo coisas como uma face mais plana, dentes maiores e uma dieta mais onívora.

Contudo, a pesquisa ainda precisa ser revisada por outros especialistas, mas já fornece a primeira visão científica de Little Foot, com tudo indicando que se trata, mesmo, de uma espécie desconhecida que fez mais uma ponte entre os primatas e o humano ancestral.

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Fonte: CNet