Dia D | EUA buscam aviadores desaparecidos da 2ª Guerra Mundial
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 06 de Junho de 2024 às 09h15
![U.S. Air Force/Domínio Público](https://t.ctcdn.com.br/CCrE1lyMvhaqsCxnycFlRWd8PrM=/640x360/smart/i901661.jpeg)
Nos 80 anos do Dia D, celebrados nesta quinta-feira (6), os Estados Unidos continuam a buscar soldados que desapareceram em uma das operações mais importantes durante a 2ª Guerra Mundial. No momento, os agentes norte-americanos investigam restos mortais e outros vestígios de três possíveis aviadores que combateram à ocupação Nazista em Normandia, na França.
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Naquele fatídico 6 de Junho de 1944, conhecido como Dia D, 821 aviões dos EUA transportaram mais de 13 mil soldados das 101ª e 82ª Divisões para o combate na Normandia.
Logo após lançar, com sucesso, um grupo de paraquedistas, a aeronave C-47 foi abatida. Foi possível recuperar os restos mortais de quase toda a tripulação, com exceção do copiloto William Donohue, do navegador Albert Brooks e do operador de rádio David Madson.
Agora, esses combatentes poderão, muito possivelmente, descansar em solo norte-americano, como espera a Agência de Contabilidade de prisioneiros de guerra e desaparecidos em combate dos EUA (DPAA).
Busca dos soldados da 2ª Guerra Mundial
Com o final da 2ª Guerra Mundial, milhares de soldados continuam desaparecidos, após quedas de aviões em terrenos desconhecidos ou mesmo no fundo do mar. Ainda existem corpos que foram enterrados em cemitérios improvisados durante os combates.
Com o objetivo de preservar a memória desses combatentes e manter as buscas, foi criada uma organização encarregada de encontrar mortos de guerra desaparecidos, a DPAA.
No caso dos aviadores do Dia D, as primeiras evidências surgiram em 2016. Além dos três aviadores que podem ter sido encontrados, a DPAA contabiliza que outros 72 mil combatentes ainda não foram localizados.
Onde estão os aviadores do Dia D?
Após receber as informações da redescoberta dos destroços de um possível acidente da 2ª Guerra Mundial em terras agrícolas na Normandia, as investigações começaram com uma equipe de 25 pessoas direcionadas para o trabalho de escavações — após 80 anos, seria preciso escavar para encontrar pistas.
A área do possível acidente foi dividida em dezenas de quadrantes. Cada quadrante foi escavado e aparelhos para a detecção de metal foram usados em busca de vestígios.
Em seguida, todo o material coletado em solo francês foi enviado para um laboratório em Nebraska. A análise dos materiais é feita por um grupo de cientistas forenses da DPA, liderado por Carrie Brown.
“Muitas vezes, com estas escavações na Europa, especialmente se estiverem enterradas há 80 anos, obtemos [apenas] fragmentos de ossos”, conta a cientista Brown para a CNN. Então, são necessários testes de DNA para verificar a identidade.
Outros itens não biológicos, como relógios, botas, crachás de identificação ou joias, também podem ajudar no processo de identificação. Ainda não há um prazo para a conclusão das investigações em torno dos aviadores do Dia D.
Soldados e tenentes encontrados
Vale destacar que, no final do ano passado, a equipe identificou restos mortais de um comandante de tanque, morto em novembro de 1944. Era o tenente Gene F. Walker que combatia na fronteira entre a Alemanha e a Bélgica, quando foi atingido por um tiro antitanque. Outros casos já foram relatados.