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Cientistas descobrem na Mongólia fóssil mais antigo do "dinossauro cabeça dura"

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Nature
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Na última quarta-feira (17), em estudo publicado na revista Nature, paleontólogos anunciaram a descoberta de um fóssil extraordinário na região do deserto de Gobi, na Mongólia. Trata-se do Zavacephale rinpoche, o mais antigo e completo exemplar já encontrado de um pachycefalossauro, popularmente conhecido como “dinossauro cabeça dura”. A espécie viveu entre 115 e 108 milhões de anos atrás, antecipando em cerca de 14 milhões de anos o registro mais antigo desse grupo.

O fóssil inclui um crânio em perfeito estado tridimensional, braços com mãos minúsculas e até pedras no estômago (gastrolitos), usadas para ajudar na digestão. É a primeira vez que paleontólogos têm acesso a uma cauda completa com tendões e às mãos de um pachycefalossauro, peças que até então eram um mistério para a ciência.

Segundo os pesquisadores, o animal era de porte pequeno, media cerca de um metro de comprimento e pesava pouco menos de 6 quilos, similar ao tamanho de um gato grande. Apesar de jovem, o exemplar já apresentava o dome craniano totalmente desenvolvido, indicando que a característica foi crucial desde cedo para a sobrevivência e a interação social desses dinossauros.

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Especialistas acreditam que o espesso topo da cabeça era usado tanto em rituais de acasalamento quanto em disputas territoriais, de maneira semelhante ao comportamento de carneiros atuais. O nome Zavacephale rinpoche combina as palavras “raiz” e “joia” em tibetano.

A descoberta do Zavacephale rinpoche oferece pistas valiosas sobre a evolução dos pachycefalossauros, considerando que até então, a maioria dos espécimes encontrados era extremamente fragmentada, muitas vezes restrita a partes do crânio. O novo fóssil serve como um verdadeiro guia para compreender como esses dinossauros desenvolveram o formato do crânio

Outro ponto de destaque é a ligação entre desenvolvimento individual e evolução da espécie. Os cientistas observaram que, mesmo em fase juvenil, o animal já possuía a estrutura craniana formada, o que sugere que essa adaptação surgiu muito cedo e foi mantida por milhões de anos. Isso coloca o Zavacephale como uma peça-chave para entender tanto a biologia desses animais quanto as pressões evolutivas que moldaram seu comportamento e anatomia.

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Fonte: Science Alert, Live Science

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