China planeja expedição para o lado escuro da Lua

Enquanto muita gente já olha para Marte, a China continua desejando explorar a Lua. Em um anúncio feito oficialmente pelo governo, o país anunciou o lançamento de uma sonda para explorar o lado escuro do satélite. A missão tem previsão para acontecer em 2018 e envolve não apenas o envio da nave, mas também a aterrissagem e pesquisa no local por meio da utilização de um veículo terrestre.

Apesar da expressão indicar ausência de luz, quando se fala em “lado escuro da Lua”, a ciência se refere à face mais distante da Terra, que ainda foi pouco explorada pelas agências espaciais. Uma das principais e únicas missões de observação aconteceu em 1959, quando a União Soviética sobrevoou o satélite e tirou fotos do território.

Agora, entretanto, a ideia é explorá-lo mais a fundo. A nave chinesa, batizada de Chang’e-4, serve como continuidade de missões de exploração lunar que estão em andamento desde 2013. Em fevereiro de 2014, a China encerrou seus últimos trabalhos na Lua após a sonda Jade Rabbit, que explorava a superfície, ter ficado presa no relevo do satélite. Ela continua enviando dados, mas não é mais capaz de percorrer o local.

Mais do que contribuir para o avanço de seu programa espacial, o país tem como objetivo se tornar líder na exploração da Lua. Coletando dados geológicos e de temperatura, o governo chinês deseja mostrar a seus cidadãos o quão longe consegue ir, gerando um “sentimento de orgulho pelas conquistas de nossa terra natal e seu desenvolvimento científico”, nas palavras do próprio comunicado oficial.

Além das missões lunares, a China conta com outras facetas em seu programa espacial, que incluem também o lançamento de satélites de comunicação e sondas para observar planetas distantes. Todas, claro, em prol da manifestação do poder de seus pesquisadores e da força da nação.

Fonte: Reuters