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Antiga base de pirâmide é descoberta durante construção de estrada no México

Por  • Editado por  Luciana Zaramela  | 

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Divulgação/CINAH Hidalgo
Divulgação/CINAH Hidalgo

"No meio do caminho, tinha uma pedra", dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade. No caso dos engenheiros e operários de um projeto de expansão de uma estrada no México, tinha uma antiga base de pirâmide no meio do trajeto. A diferença é que este achado está longe de ser um empecilho e, agora, está sob análise de um time de arqueólogos.

Muito possivelmente, a pirâmide descoberta acidentalmente tem mais de 1,3 mil anos e foi construída na era pré-colombiana, antes da chegada dos europeus às Américas. Agora, toda a área está sob investigação do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH)

A pirâmide está localizada em uma rodovia federal, dentro do estado mexicano de Hidalgo. Para ser mais preciso, a “pedra” está no meio da rodovia federal 105, conhecida como Pachuca-Huejutla.

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Vale destacar que, recentemente, uma técnica envolvendo lasers ajudou os pesquisadores a encontrar uma antiga cidade oculta no México e milhares de novas estruturas na Península de Yucatán. Este é só um lembrete de que há ainda para descobrir sobre a história da região.

Antiga pirâmide no México

Provisoriamente, a antiga base de pirâmide foi apelidada de “estrutura 1” — até o momento, o INAH não informou sobre a descoberta de outra construção ligada ao prédio. Este é composto por pelo menos cinco setores, além de 10 túmulos arqueológicos. De acordo com as análises preliminares, a pirâmide foi construída entre os períodos Epiclássico (650-950 d.C.) e Pós-clássico tardio (1350-1519 d.C.).

Seguindo a linha cronológica, a estrutura deve pertencer ao assentamento pré-hispânico conhecido como San Miguel. Segundo a historiografia, a região começou a ser ocupada há 14 mil anos

Análise do monumento pré-colombiano

Para análise em laboratório, foram recolhidas 155 amostras, incluindo materiais cerâmicos, fragmentos de moluscos, terra e pisos de madeira carbonizada. Conforme forem checados, poderão contar mais sobre a história da pirâmide

Em paralelo, drones foram usados na criação de modelos fotogramétricos digitais da construção. Assim, é possível reconstruir a área da pirâmide em 3D, a partir das imagens em 2D.

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Buscando impedir a degradação da estrutura tão antiga (que estava enterrada antes das obras de construção da estrada), a equipe optou por “enterrar” a base da pirâmide novamente. Para isso, foi construída uma estrutura ao seu redor, como uma redoma.

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Fonte: INAH