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Algoritmo consegue fazer descobertas científicas nunca antes feitas por humanos

Por| 20 de Julho de 2019 às 22h50

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Algoritmo consegue fazer descobertas científicas nunca antes feitas por humanos
Algoritmo consegue fazer descobertas científicas nunca antes feitas por humanos

Um algoritmo de aprendizado de máquina foi capaz de fazer descobertas científicas completamente novas, nunca antes conquistadas por cientistas humanos, analisando estudos já existentes.

Segundo estudo publicado na Nature no último dia 3 de julho, pesquisadores do Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley, na Califórnia, ultilizaram um algoritmo chamado Word2Vec para fazer a análise de documentos científicos. Com a verificação, o algoritmo revelou previsões de possíveis materiais termoelétricos que fazem a conversão de calor em energia, sendo usados para resfriamento ou aquecimento.

A descoberta foi feita sem que o algoritmo soubesse a definição de termoelétrica e sem receber treinamento em ciência de materiais. Foram usadas apenas associações de palavras para fornecer candidatos para futuros materiais termoelétricos.

Um dos pesquisadores do estudo, Anubhav Jain, afirmou que o algoritmo é capaz de ler qualquer artigo sobre a ciência dos materiais e fazer conexões que, até então, nenhum cientista foi capaz.

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O treinamento do algoritmo foi feito com a análise de linguagem de 3,3 milhões de resumos sobre a ciência dos materiais, chegando a um vocabulário de cerca de 500 mil palavras, tudo feito com o aprendizado de máquina. Jain explica que o Word2vec funciona treinando um modelo de rede neural para remover cada palavra, então prevendo quais serão as próximas.

Foi possível ainda usar documentos de estudos antigos para verificar se o algoritmo seria capaz de prever descobertas científicas antes mesmo que acontecessem, e o plano deu certo. Usaram, por exemplo, pesquisas de 2009 e chegaram rapidamente a resultados que foram encontrados apenas em 2012.

Segundo o principal autor do estudo, Vahe Tshitoyan, o algoritmo pode ser usado para pesquisas médicas ou descoberta de drogas. A pesquisa pode ser conferida no site da Nature.

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Fonte: Vice