Sistema antimísseis com uso de IA vira importante arma de defesa
Por Lucas Parente |

Além de projetar aviões e jatos para forças aéreas ao redor do mundo, a Lockheed Martin também produz sistemas integrados de defesa aérea e antimísseis para aliados.
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O interceptador principal da empresa atualmente é o PAC-3 MSE (Patriot Advanced Capability-3 Missile Segment Enhancement), reconhecido globalmente pelo desempenho elevado, em grande parte graças à tecnologia Hit-to-Kill, que neutraliza alvos por impacto direto.
O destaque, no entanto, não é por acaso. A fabricante afirma que esse sistema incorpora recursos de inteligência artificial desde o seu desenvolvimento para enfrentar ameaças aéreas cada vez mais sofisticadas.
IA no campo de batalha moderno
Num ambiente militar que evolui rápido, inteligência artificial e aprendizado de máquina têm se mostrado essenciais para tornar decisões mais rápidas e precisas.
A Lockheed Martin informa que integra essas tecnologias no PAC-3 desde fases iniciais do programa, com melhorias constantes nos softwares de controle, em processamento de sensores e nos algoritmos usados para analisar dados de radar e outros dispositivos de detecção.
O PAC-3 MSE combina esses sistemas inteligentes em toda a sua “cadeia de interceptação” — da detecção do alvo, passando pelo rastreamento, até o engajamento e neutralização. Isso permite que o sistema ajuste sua trajetória em voo com base em informações recebidas em tempo real, inclusive diante de manobras adversárias ou táticas inimigas não antecipadas.
Uso de IA em outras iniciativas de defesa
A estratégia da Lockheed Martin vai além do PAC-3. A empresa tambbém inclui o uso de IA para otimizar respostas em diferentes camadas de defesa — por exemplo, cobrindo variados alcances e altitudes, e integrando mísseis, radares e sensores diversos.
Esse desenho multicamadas oferece flexibilidade tática, permitindo que o sistema lide simultaneamente com ameaças aéreas tradicionais, mísseis balísticos e veículos aéreos não tripulados (drones). A eficiência no uso dos estoques de interceptadores também é aprimorada: softwares priorizam quais ameaças devem ser neutralizadas primeiro, com base no risco que representam.
Esse é apenas um exemplo do que a inteligência artificial é capaz de fazer, dando suporte e melhorando as técnicas de defesas de diversos países do globo. E, com certeza, será cada vez mais comum a sua utilização em campos de batalha.
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