Reino Unido “descobre” composto que pode acabar de vez com buracos nas ruas
Por Paulo Amaral |

A buraqueira nas ruas é uma das maiores dores de cabeça para quem dirige, especialmente em locais que não recebem tantos investimentos do dinheiro público. No Reino Unido, porém, uma descoberta pode colocar um ponto final nesse problema que tantos prejuízos causa aos motoristas.
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De acordo com a mídia local, a Eurovia, responsável pela fabricação do composto, tem obtido resultados promissores com a utilização de um novo material para a confecção do asfalto das ruas e avenidas.
A reportagem conta que, ao invés de utilizar uma mistura de pedras com betume, como também é praxe no Brasil, a companhia resolveu incorporar grafeno à composição do asfalto. Os resultados dos testes, que tiveram início em 2022, deixaram o governo empolgado.
Paul Goosey, executivo da empresa, explicou o porquê de ter usado o grafeno, forma firme, forte e flexível do carbono, para alterar a fórmula. “Estamos sempre procurando maneiras de melhorar os produtos e quando vimos que poderíamos misturar grafeno com nosso asfalto laminado quente, a Essex Highways concordou em ser a primeira a testá-lo”.
Custo mais alto, mas menos reparos
A adição do grafeno como composto integrante do asfalto pode ser a solução que diversos países procuram para colocar um ponto final nos buracos das ruas, avenidas e estradas. No entanto, a aplicação em massa terá uma barreira inicial: o preço.
A reportagem revelou que o custo por metro quadrado pode chegar a ser cerca de R$ 20 mais caro por metro quadrado, ponto que certamente irá gerar discussões em torno da adoção do material.
O contraponto que precisa ser levado em conta, porém, é a durabilidade do composto quando comparado ao asfalto tradicional. Na ponta do lápis, o custo inicial pode “se pagar” ao longo do tempo.
Produzido a partir da extração de camadas superficiais do grafite, o grafeno é considerado um dos materiais mais resistentes do mundo, mesmo quando exposto às condições climáticas severas, e pode suportar pressões de até 130 gigapascal.
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