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Como é dirigir o Porsche Taycan 4S em uma pista de corrida?

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Agosto de 2022 às 09h30

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Ivo Meneghel JR/ Canaltech
Ivo Meneghel JR/ Canaltech

Dirigir um carro elétrico é uma experiência diferente. Dirigir um carro elétrico do porte de um Porsche Taycan, é um privilégio. E dirigir um Porsche Taycan na pista do Circuito Panamericano, campo de provas oficial da Pirelli, fabricante de pneus, é algo realmente inexplicável.

A reportagem do Canaltech, no entanto, vai tentar expressar em palavras todas as emoções vividas a bordo do esportivo alemão 100% elétrico durante as pouco mais de nove horas que passou no local de testes gentilmente cedido pela Pirelli. E as emoções não foram poucas, com direito até mesmo à volta rápida de carona com um piloto profissional.

Porém, como toda história tem começo, meio e fim, vamos começar, com o perdão da redundância, do começo. E ela começa muito antes de efetivamente passar pela cancela que dá acesso à pista e cravar o pé no acelerador para sentir o torque imediato de 65,3 kgfm e a potência de 435 cavalos dos dois motores elétricos do Porsche Taycan 4S. Ou dos 530 cavalos nos testes de controle de largada.

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Antes de tudo, um bom banho

A aventura teve como sede a pequena cidade de Elias Fausto, no interior de São Paulo — próxima a Campinas e Jundiaí —, casa do complexo da fabricante de pneus. E começou cedinho. Antes, porém, o Taycan teve que tomar um “banho”.

A culpa foi dos últimos quilômetros antes de chegar à pista, que ainda eram de estrada de terra, mas que estavam sendo asfaltados justamente naquela manhã, aumentando (muito) a poeira que castigou o esportivo alemão.


As dificuldades dos pouco mais de quatro quilômetros de piso irregular foram bravamente superadas pelo Porsche elétrico, graças à sua suspensão pneumática, que foi ajustada por meio de poucos cliques na central multimídia e, assim, permitiu que o carro ficasse um pouquinho mais alto e sentisse menos as imperfeições da via.

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Hora do briefing

Depois de dar banho no Porsche, repórter e fotógrafo do Canaltech foram a uma sala preparada pela administração do Circuito Panamericano para ouvir atentamente às instruções dos responsáveis pelo complexo e, também, do piloto Fábio Beretta (que mais tarde nos acompanharia em algumas voltas rápidas e ultrarrápidas pela pista).

Recebemos todas as recomendações de segurança, acompanhamos o trajeto de forma virtual, entendemos a importância do Porsche estar calçado com pneus específicos para carros elétricos ou híbridos (Cinturato P7 Blue Elect) e, enfim, fomos liberados. Como havia mais uma equipe de jornalistas no local, coincidentemente também testando um Porsche, foi feita uma divisão: primeiro o Canaltech foi para a pista e, depois, cedeu o espaço para os colegas, passando a produzir material nos boxes.

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Luzes verdes

Chegou a hora de sair para a pista. Ao contrário do que muitos possam imaginar, no entanto, não passamos horas e horas a fio apenas acelerando nas retas e fazendo curvas em alta velocidade a bordo do Taycan elétrico.

Foram feitas incontáveis paradas e retornos em marcha a ré (permitidos previamente, afinal, estávamos sozinhos na pista). Tudo para que o material produzido - fotos e vídeos para a reportagem e para as redes sociais - conseguisse aproximar ao máximo você, canaltecher, das emoções que a reportagem sentiu em seu “dia de piloto”.

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A volta (não tão) rápida

A primeira volta ao volante do Taycan 4S na pista do Circuito Panamericano foi um misto de emoção, medo e cautela. A emoção de estar sentado ao volante de um carro premium, de uma das marcas mais cobiçadas do mundo, foi o que predominou na maior parte do tempo, mas ela teve a companhia de dois outros sentimentos.

O medo de fazer alguma bobagem que danificasse o carro ou, pior, levasse risco a mim e às pessoas que estavam comigo (no carro e na pista), também mandou seu recado. Afinal de contas, tratava-se de um carro com potência de 435 cavalos e torque de 65,3 kgfm.


Mais necessária do que nunca, a cautela foi o terceiro sentimento a entrar em ação durante a pilotagem. E ela trabalhou junto com a emoção, garantindo que o medo ficasse na medida certa para não atrapalhar a pilotagem, mas com todo o cuidado necessário enquanto estive ao volante.

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A volta (um pouco) rápida

A volta um pouco rápida pode ser dividida em duas, na verdade. Uma comigo ao volante, e é esta experiência que conta para a produção do material, já que a ideia principal é compartilhar com você, canaltecher, como é dirigir o Taycan 4S, esportivo elétrico da Porsche, na pista.

Foi possível fazer controle de largada, em que a potência do carro chega a impressionantes 530 cavalos, e também dar a tradicional volta rápida, em que o tempo passa a contar quando você passa da linha de chegada pela segunda vez. Dominar o Porsche Taycan nas curvas bem desenhadas do Circuito Panamericano ficou mais fácil à medida que as voltas iam se sucedendo. Mas nada de se deixar levar pela emoção (e põe emoção nisso).

Tangenciar as curvas na velocidade certa exigiu concentração máxima, pois qualquer vacilo, principalmente para quem é jornalista, e não um piloto, poderia ter consequências bem negativas. Segundo Fábio Beretta, que se arriscou, ou melhor, fez a gentileza de acompanhar a reportagem, fiquei com média 6 (e está bom demais…).

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A volta rápida (mas no banco do passageiro)

Enfim, a volta rápida a bordo do Porsche Taycan 4S. Essa, no entanto, foi feita com todos os cuidados necessários, como a colocação de capacete no repórter, no fotógrafo e, claro, no piloto profissional que ficou com a missão de mostrar tudo o que o superesportivo elétrico alemão tem a entregar. E ele tem muito.


Nas mãos de Fábio Beretta, o Taycan 4S fez o que se esperava de um carro deste porte. Acelerou forte nas retas, entrou nas curvas com a tangência perfeita e, claro, fez repórter e fotógrafo grudarem em seus respectivos assentos, tamanho foi impacto da Força G agindo, especialmente nas curvas 9 e 10 - com direito a uma cabeçada (com capacete) no vidro.

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A experiência de dirigir o Porsche Taycan 4S na pista foi única e inesquecível, assim como ter tido a chance de andar, de carona, com um piloto que já acelerou nas pistas da Fórmula 3000 fora do Brasil. Se o Taycan 4S nas ruas e estradas já lembra o Gran Turismo da vida real, na pista ele não deixou dúvidas: a reportagem viveu, realmente, momentos dentro de um jogo de videogame.