Por que não tem automobilismo nas Olimpíadas?
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |

As Olimpíadas de Paris começam oficialmente nesta sexta-feira (26) e movimentarão o mundo do esporte nos próximos dias com 48 modalidades, incluindo disputas individuais e coletivas. Nenhuma delas, porém, envolverá qualquer tipo de esporte a motor, como o automobilismo.
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A proibição aos esportes que envolvam carros ou motos é antiga e já gerou discussões entre o Comitê Olímpico Internacional (COI), organizador dos Jogos, e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), órgão responsável por categorias como a Fórmula 1, a mais importante do segmento.
Apesar de ter reconhecido a FIA como federação esportiva desde 2012, o COI sequer cogitou incluir algum esporte a motor nas edições seguintes dos Jogos Olímpicos, disputados em Londres, no mesmo ano, Rio de Janeiro, em 2016, e Tóquio, em 2021.
A justificativa do Comitê para a proibição do automobilismo nas Olimpíadas é bem clara. Na visão do COI, trata-se de uma competição de atletas e, por essa razão, as corridas de carros, motos e afins não se encaixam no que prega a Carta Olímpica.
Automobilismo já esteve em uma Olimpíada
Apesar de não fazer mais parte das modalidades olímpicas, o automobilismo já esteve em uma edição dos Jogos, coincidentemente em Paris, palco da Olimpíada de 2024.
A prova aconteceu na segunda edição dos Jogos e foi disputada entre os dias 25 e 28 de julho de 1900. Ela foi organizada pelo Automóvel Clube da França e composta por 1.347 quilômetros, com saída de Paris, passagem por Toulouse e retorno para a capital francesa.
Apesar de não haver muitos registros do evento, o que se sabe é que a prova foi disputada em 14 categorias e que contou com 78 inscritos, mas apenas 55 participantes efetivos, sendo que somente 21 chegaram a cruzar a linha de chegada. Entre os vencedores estava Louis Renault, um dos fundadores da tradicional marca francesa.
A presença do automobilismo em uma edição futura das Olimpíadas chegou a ser debatida, com o esporte integrando uma pré-lista para os Jogos de Los Angeles, em 2028, mas não foi adiante e ficou para trás na “corrida” contra futebol americano, beisebol e softbol, lacrosse e squash, todos aprovados para o próximo ciclo.