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Por que aviões cruzam oceanos fora da rota

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Unsplash/Daniel Bae
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Você já acompanhou o trajeto de um avião em um app? Se sim, deve ter visto que, ali, as aeronaves viajam em linhas e alinhadas conforme cruzam o Atlântico. É aqui que entra um segredo interessante: na verdade, os aviões viajam levemente à direita da rota oficial para reforçar a segurança da malha aérea. 

Adotado por companhias aéreas de todo o mundo, o procedimento é chamado de SLOP (sigla de "Strategic Lateral Offset Procedure"). Basicamente, o SLOP permite que os aviões se afastem até 3,7 km da rota designada, reduzindo o risco de conflitos entre aeronaves principalmente onde não há cobertura de radar contínua, como é o caso dos oceanos. 

Desta forma, o SLOP ajuda a reduzir os riscos de colisões entre aeronaves que estejam em uma mesma rota e níveis. Há também a vantagem de diminuir a exposição dos aviões à chamada turbulência de esteira, que ocorre quando uma aeronave passa perto da rota de outra — com o deslocamento, as chances de sobreposição das correntes diminui.

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Segurança na aviação

Não pense que as vantagens do SLOP se resumem somente à redução dos riscos mencionados acima, e prova disso é o sistema North Atlantic Organized Track System (NAT-OTS), que conecta a América do Norte e a Europa. 

Embora as trajetórias ali sejam gerenciadas por diferentes centros oceânicos, a vigilância de radar é limitada e erros de nível ou de rota ainda acontecem. É aqui que entra o SLOP, que vem como uma camada a mais de redução de riscos e ajuda a trazer mais segurança para as separações de rota

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Fonte: AeroMagazine