Pneus importados podem ficar mais caros no Brasil; entenda o porquê
Por Lucas Parente |

A chamada “invasão chinesa” no mercado brasileiro vai muito além do setor automotivo. Indústrias da China vêm crescendo globalmente e ampliaram suas exportações para diversos países, inclusive o Brasil.
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No segmento de pneus, o movimento se intensificou nos últimos anos com a baixa alíquota de importação, que facilitou a entrada de diversas marcas chinesas — muitas ainda desconhecidas do público — a preços abaixo da média.
Esse cenário prejudicou fabricantes que produzem nacionalmente, que agora pressionam o governo por impostos mais altos sobre importados. A decisão pode ser anunciada nesta terça-feira (23/9), em reunião do Comitê-Executivo de Gestão da Camex (Gecex).
O que pode mudar?
Hoje, o imposto de importação para pneus de carros de passeio está fixado em 25%, após o reajuste feito em outubro de 2024 — antes, a alíquota era de 16%.
Agora, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) pede a elevação para 35%, o teto permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O objetivo, segundo a entidade, é combater a concorrência desleal dos produtos chineses e de outros países asiáticos, como Vietnã, Índia e Malásia.
A posição dos importadores
Por outro lado, a Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (ABIDIP) classifica o pedido como “protecionismo injustificável e perigoso”.
Segundo a entidade, tarifas mais altas terão impacto direto no consumidor, que pode pagar mais caro pelos pneus. Além disso, alerta que a medida pode incentivar a compra ilegal de pneus usados ou modificados, comprometendo a segurança viária.
Até o momento, não houve definição oficial sobre a nova tarifa. O tema deve voltar à pauta nos próximos dias.
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