Pesquisa prevê "explosão" de carros elétricos na frota do Brasil até 2040
Por Paulo Amaral |
A frota de carros eletrificados vai “explodir” no Brasil até o final da próxima década. Essa foi a projeção divulgada pela Strategy&, consultoria especializada da PwC Brasil, na última terça-feira (21), depois de analisar os dados do setor que vem crescendo cada vez mais.
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Os números registrados entre janeiro e setembro deste ano indicaram um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2024. Foram comercializados 147.602 veículos eletrificados no Brasil nesse intervalo, alta que indica uma tendência de crescimento no país.
Em setembro, a frota de carros eletrificados novos respondeu por 9,3% das vendas de veículos 0km do mês e, de acordo com a consultoria estratégica, esse é um movimento que tende a ficar cada vez mais forte até 2040.
A previsão é que a frota brasileira cresça em ritmo acelerado a partir de 2027 e, em 2040, conte com mais de 35 milhões de carros eletrificados nas ruas. Isso refletiria em um aumento anual médio de 106% entre 2022 e 2029.
Redução no uso de combustíveis fósseis
O avanço na frota de carros eletrificados no Brasil até o fim da década terá um impacto direto no consumo de combustíveis fósseis (gasolina e diesel). Segundo a pesquisa, até 2030 serão 8 bilhões a menos de litros de gasolina e 6 bilhões a menos de diesel.
O número é ainda mais impressionante ao olharmos a projeção até o fim da próxima década. De acordo com os estudos, serão consumidos 37 bilhões a menos de litros de gasolina e 41 bilhões de litros de diesel, retração equivalente a 59% e 66% das demandas atuais, respectivamente.
O cenário que prevê a “explosão” de veículos eletrificados no Brasil nos próximos anos também aposta na massificação do setor em outros segmentos, com aumento de até 100% nas vendas de caminhões e ônibus “verdes”.
O estudo projetou que dentro de sete anos 26% das frotas de ônibus e caminhões leves será eletrificada, chegando a 65% em 2040. No caso de caminhões pesados, o número “mágico” ao final da próxima década também pode ser significativo: 37% da frota atuante no Brasil.
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